Dois anos após participar de uma das edições da Festa Literária de Congonhas (FLIC), o escritor Luiz Miguel voltou à Cidade dos Profetas para lançar o livro “Aurora, simplesmente mãe”. O lançamento aconteceu na noite dessa quinta-feira, 21, na Casa do Professor. O bate-papo teve mediação do historiador e escritor congonhense, Paulo Henrique de Lima.
A obra é uma homenagem à sua mãe, Maria do Carmo, e mescla ficção e realidade, narrando um pouco de sua história. O nome “Aurora” se deve ao fato de ela ter nascido de madrugada.
O autor, natural de Belo Vale, começou a escrever há 24 anos, após sofrer um acidente que o
impossibilitou de andar. “Eu parei de estudar aos 12 anos e comecei a trabalhar. A intenção era boa, de ajudar meus pais. Minha mãe era gari e meu pai, pedreiro. Depois, descobri o álcool. Todo o dinheiro que eu ganhava, eu bebia. Minha relação com os livros era zero. Só depois que me machuquei, que comecei a ler, mas escrevia errado”, contou, destacando que fez supletivo em Congonhas para concluir o ensino fundamental.
Suas memórias estão no segundo livro de sua autoria, mas o primeiro a ser publicado. Intitulado “Dor, prazer em conhecer”, a obra é um desabafo. “Nunca quis ser exemplo para ninguém porque acho que existem tantas formas de mudar. Eu bebia só aos fins de semana, mas eu brigava, não tinha meta de vida. Foi preciso eu sentar em uma cadeira de rodas para eu começar a refletir. Mesmo na cadeira de rodas, eu evoluí demais”, observou.