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Home Colunistas>Garimpando

Garimpando: No arquivo Jair Noronha

por Avelina Noronha
2019/12/05 , 17:49h
em Colunistas>Garimpando
Garimpando: No arquivo Jair Noronha
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É essencial que a comunidade conheça o mais amplamente

seus vultos ilustres do passado, o que pode

até influenciar na autoestima de uma população.

 

Estamos focalizando um período da História de Queluz. O que faz a grandeza da  História de um local ou de um período é a grandeza das personalidades que marcaram os acontecimentos de então. Louvável é que as novas gerações tenham conhecimento do valor das figuras ilustres do passado.

Não podemos passar esta época, últimos tempos do século XVIII e primeiros tempos do século XIX sem focalizarmos uma figura que a enriqueceu com sua atuação lúcida e poderosa intelectualidade: CÔNEGO SANTA APOLÒNIA.

O Cônego Santa Apolônia nasceu em Carijós e atuou também quando nossa terra tornou-se Real Villa de Queluz. Brilhou na política de Minas Gerais e foi homenageado em nossa terra quando deram seu nome a uma rua no bairro Fonte Grande. É essencial que a comunidade conheça o mais amplamente seus vultos ilustres do passado, o que pode até influenciar na autoestima de uma população.

 

Nosso focalizado nasceu no dia 8 de abril de 1743. Seus pais eram Apolinário Pereira e Luísa Maria Rosa. Era irmão do Padre José Maria Fajardo de Assis, que se envolveu no Movimento da Inconfidência.

 

Estudou no Seminário de Mariana, no Rio de Janeiro e em Coimbra, onde se licenciou em Direito Canônico e se ordenou presbítero. Foi bispo por alguns dias e chantre e vigário geral de Mariana, onde faleceu a 10 de julho de 1831.

 

Quando o leitor entrar na matriz de Nossa Senhora da Conceição verá, na parte maior e central da igreja, a nave, dois altares laterais com a talha em estilo rococó, num lado tendo uma pintura de Jesus no Horto das Oliveiras, no outro lado, de Nossa Senhora aos pés da Cruz. Em princípios do século XIX, o Cônego Santa Apolônia prometeu conseguir a alforria, isto é, a liberdade, ao escravo de uma viúva, o qual se chamava Silvério Dias – discípulo do famoso escultor Vieira Servas, que viveu na época de Aleijadinho e tinha também muita fama – se ele fizesse as talhas desses altares, belíssimas por sinal, e também da igrejinha antiga de São Gonçalo, atualmente restaurada, que se localiza atrás da igreja atual dessa localidade lafaietense, além de outras obras em Queluz. Temos de ser gratos a ele por esse enriquecimento de nosso patrimônio artístico.

 

Carta de liberdade do Revdm.º Chantre Dr. Francisco Pereira de Santa Apolônia, “com a condiçam de fazer o ditto Liberto em honra de Deos de Seos Santos a talha perciza nos Altares do Senhor dos Passos e da Senhora da Sulidade na Matriz de Queluz e na Capella de São Gonçallo e São Vicente da mesma freguezia para o que lhe será dada a madeira e fazer Sustento neceçarios” 21 (MARTINS, 1974, vol. 1, p.246)

Neste altar temos uma amostra da delicadeza da talha de Silvério Dias. A pintura que está no centro do altar é o Cristo no Horto das Oliveiras de Guilherme Schumacher.

 

Outro destaque é o seu brilhantismo como orador, considerado um dos maiores oradores de Mariana, o que pode ser comprovado com os relatos da missa solene em ação de graças, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, que a Câmara de Ouro Preto mandou celebrar, em 1819, pelo nascimento em Portugal da Princesa da Beira, pretendente ao trono de Portugal. Nessa tão importante solenidade, o orador foi o “Reverendo Francisco Pereira de Santa Apollonia” como é relatado na carta enviada a Portugal.

Sua residência, em Queluz, ficava no lindo solar na Praça Barão de Queluz,

onde tempos atrás funcionou o Fórum local.

 

Francisco de Paula Ferreira de Rezende, que foi juiz em Queluz em meados do século XIX, em seu livro “Minhas Recordações”, passa essa informação, pois ali residia na época em que estava aqui, dizendo da casa o seguinte:

 

“[…] uma das maiores salas tinha as paredes do alto abaixotodas cobertas de prateleiras, e todas estas prateleiras estavam inteiramente tapadas de livros, dos quais muitos eu nunca tinha visto e de alguns nem sequer eu havia jamais ouvido falar. Nem eram só os Calmets e uma imensidade de outros grandes “in-folios” sobre a teologia e a moral cristã os únicos livros que enchiam aquelas vastas prateleiras; mas entre eles muitos outros ainda ali se encontravam de um grande valor profano, dos quais me bastará citar a “Iliada” e a “Odisseia” traduzidas em francês e o que mais ainda admira a Jerusalém Libertada na sua língua original. Pois bem; esta livraria, que é de supor já tivesse sido mais ou menos depauperada, e que não obstante, ainda se mostrava assim tão rica, tinha sido a livraria de um padre, que já havia muito tempo, tinha falecido; mas que ainda alcançou os primeiros tempos da nossa independência; pois que esse padre que se chamava Francisco Pereira de Santa Apolônia, foi ainda membro do segundo governo provisório desta província; e como vice-presidente, por vezes governou até 1829.” Pag.125 – Capítulo XI.

Francisco de Paula Ferreira de Rezende

(Continuou)

Tags: #colunista #garimpando #Lafaiete #38
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