O capital político da aprovação do projeto do Executivo que reduz de 36 para 30 horas a jornada de trabalho das cantineiras e auxiliares de serviços de educação abriu mais uma batalha entre o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Valdiney Alves e, mais intensamente, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM). Na terça-feira (3), ele chegou a ler uma mensagem enviada por uma cantineira, agradecendo os edis pela conquista da categoria.
João Paulo também citou uma nota de repúdio do sindicalista e afirmou que os vereadores trabalharam em prol dos servidores, lembrando que a bandeira da redução da carga horária já era defendida, há muito tempo, por vereadores como Pedrinho (PT) e Sandro José (PSDB).
Usando a tribuna da Câmara, ele disparou que, no dia da votação, o sindicalista pressionava por mudanças no projeto, o que, segundo ele, atrasaria a conquista tão esperada dos servidores. “O presidente do sindicato andou de gabinete em gabinete dizendo que não poderíamos aprovar a proposta sem fazermos uma emenda. Mas, no dia em que estava todo mundo aqui, ele disse, ao lado do prefeito, que era a favor e que lutou pelas cantineiras, quando quem mais lutou foram os vereadores Pedrinho e Sandro”, acusou, afirmando que basta pegar as imagens do circuito interno da Câmara para verificar a atuação do sindicalista.
Neste momento, o vereador Oswaldo Barbosa fez coro ao colega e confirmou ter sido procurado pelo presidente do sindicato em seu gabinete, o que ocorreu também com os demais vereadores. “Do mesmo jeito que ele esteve aqui, me disponho a ir ao sindicato para esclarecer a situação”, afirmou.
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