No dia 15 de junho a Prefeitura Municipal de Capela Nova anunciou o encontro de artefatos indígenas centenários e com valor inestimável enterrados no subsolo. O achado das peças ocorreu durante um trabalho de escavação, na Rua Emília de Albuquerque, para manutenção na rede de água. Durante a perfuração da canaleta, os funcionários se depararam com alguns artefatos indígenas e, conforme foram mexendo, eles foram aparecendo em meio a terra.
De acordo com Carla Gibertoni, da Divisão de Apoio à Pesquisa e Extensão da Universidade de São Paulo – Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), as peças são uma lâmina de machado muito bem polida e ao lado dela um fuso, utilizado para a fiação, além de outros artefatos fragmentados.
Para realizar uma avaliação mais confiável, não somente dos artefatos, mas também sobre o potencial arqueológico da área e sobre a possibilidade do desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas, Carla sugere que as autoridades locais entrem em contato com a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) de Minas Gerais, órgão é o responsável pela fiscalização e proteção do patrimônio arqueológico brasileiro.
Achados arqueológicos reforçam materialmente as evidências da presença indígena, que povoaram a cidade. Estudos realizados pelo Padre José Vicente César, nos anos de 1965, 1968, 1969 e 1974, foram analisados para identificar diversas referências sobre a situação Geográfica e o povoamento das nascentes do Piranga. Segundo o Padre, “a tradição oral e escrita não guardou quase nada a respeito dos índios que moravam em Capela Nova e suas cercanias, também não se conservou a memória da presença de minerações auríferas na região. O certo é que toda a área viu-se intensamente ocupada pela população branca desde início do século XVIII”. (Barbacena Online)
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