Economistas analisaram o cenário em que a renda disponível cairá pela metade de um mês para o outro
De acordo com o Correio Braziliense, analistas afirmam que, com a redução do auxílio emergencial, os mais pobres terão que escolher entre alimentação e botar crédito no celular. O auxílio paga cinco parcelas de R$ 600 para todos os beneficiários. Agora, com a prorrogação, alguns receberão até quatro parcelas de R$ 300.
O economista ouvido pelo Correio Braziliense define a escolha como “cruel” e afirma que os preços dos alimentos continuarão a aumentar, seguindo a tendência mundial. Em contrapartida, setores com consumo menor durante a pandemia estão com os preços em queda, como é o caso do setor de serviços, que teve queda de 0,9% e da educação, que teve queda de 3,5%.
Entre os brasileiros mais pobres, 80% utilizaram a renda disponível para comprar alimentos. O auxílio emergencial de R$ 600 representou, para diversas famílias, a razão da renda maior do que a perdida por causa da pandemia. Por isso, o auxílio de R$ 600 supriu a alta dos alimentos e gastos com serviços.
Entretanto, com o valor cortado pela metade, com as parcelas de R$ 300 do auxílio, isso não será mais possível. Mães chefes de família, por exemplo, que recebiam R$ 1,2 mil, agora receberão R$ 600. De um mês para o outro, a renda disponível cairá 50%. A queda não seria tão sentida apenas se o Brasil estivesse gerando empregos. Entretanto, as projeções são que o nível de desocupação do país continuará aumentando nos próximos meses. (Notícias Concursos)