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Alimentos devem continuar em alta até o fim de 2020, apontam especialistas; veja mais

O aumento no preço dos alimentos básicos, como arroz, carnes, óleo de soja e feijão seguirá pelo menos até o fim do ano. Segundo os especialistas, fatores como o dólar em alta, a alta procura desses produtos e o auxílio emergencial, mesmo que pela metade, contribuem para que os preços continuem subindo.

Em outubro, a inflação subiu 0,94% ao consumidor pela prévia do índice oficial, o IPCA-15, divulgado nesta última sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima do esperado pelo mercado, registrando a maior alta para o mês desde 1995. Alimentos e bebidas responderam por 50% da alta, ficando 2,4% mais caros.

Em setembro, a inflação dos supermercados no Estado de São Paulo, atingiu a maior variação para o mês em 26 anos, uma inflação de 2,2%, segundo a Associação Paulista de Supermercados.

O óleo de soja registrou uma alta de 22,34%, o arroz, 18,48% e as carnes, 4,83% na prévia da inflação deste mês, tanto no índice dos supermercados como no IPCA-15.

  • Para o presidente da Apas, Ronaldo dos Santos, o cenário do preço dos grãos não deve mudar até o início de 2021, quando está previsto um aumento da safra.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, aponta que não há indicações de que os preços da carne, do arroz, feijão e do óleo vão diminuir.

“Há chance desses produtos subirem mais até o final do ano e melhorar só em 2021 com novas safras e a expectativas, quem sabe, de uma taxa de câmbio menor.” As primeiras prévias de outubro indicam que os alimentos continuam subindo cerca de 2% este mês. No ano, a alta dos alimento chegam beirar 10%”.

O diretor da Apas, Omar Assaf, relata que as vendas em geral nos dois últimos meses desaceleraram nos supermercados e ressalta que será o bolso do consumidor quem vai limitar essa tendência de alta dos preços dos produtos.

Fábio Romão, economista da LCA Consultores, acredita que boa parte do repasse de preços do atacado para o varejo ainda está por vir e que a alta de preços está mais espalhada e chegando a outros itens, além dos alimentos. (FDR)

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