A PM compareceu ao Hospital de Campanha, em Lafaiete, na terça-feira (6), por volta das 23:50 horas, quando uma profissional de saúde relatou que estava no setor de farmácia e uma enfermeira pediu-lhe uma medicação, cujo documento de liberação (ficha de solicitação de antimicrobianos) – praxe – não estava em sua seção.
Como ela não liberou, devido à falta do referido documento, médica foi até a farmácia e, pessoalmente, pediu que autorizasse a medicação. A funcionária da farmácia, por sua vez, pediu a ela que fizesse outro documento, que seria o jeito mais rápido para liberar. Segundo a profissional, a médica se negou fazer outra ficha.
A partir desse momento a funcionária disse a médica que começaria a gravar a conversa dela. A médica então, enfurecida, teria invadido a sala da farmácia e tomou o celular da mão dela e jogou-o no chão danificando-o, neste momento, uma enfermeira entrou e segurou a profissional.
A médica teria revirado vários arquivos da seção procurando a referida ficha, enquanto funcionária continuava a gravar e pedindo a ela que se retirasse da sala. Quando servidora pegou o telefone fixo para ligar 190, a médica desvencilhou-se das enfermeiras e avançou contra ela, puxou-lhe pelos cabelos e tentou, novamente, tomar o celular em que gravava as cenas
Essa tentativa se deu com tal força que causaram pequenas lesões no braço e mão direita da solicitante (disse ter imagens armazenadas).
Versão
A PM, a médica fez sua versão sobre o desentendimento. Ela contou que estava sob sua responsabilidade uma paciente em estado grave (52 anos) desde as 12:00 horas, da terça-feira (6) e que necessitava de uma medicação, que deveria ser administrada às 18 horas.
Entretanto, cerca de trinta minutos após este horário a medicação não havia sido liberada. A médica disse que preencheu a ficha de solicitação de antimicrobianos às 18h30min, entregou-a à enfermeira que teria repassado a farmácia.
Por volta das 23:00, a médica foi informada que o antibiótico não havia sido administrado. Ela então pediu a uma enfermeira que fosse até a farmácia para esclarecer. Lá, a funcionária informou que a ficha não tinha sido feita.
A medica foi até local acompanhada de uma enfermeira, pois estava muito indignada. Ela conversou com funcionária e explicou a importância da liberação da folha e que relataria no prontuário da paciente o porquê da não liberação da medicação.
Quando a médica viu a funcionária filmando, tomou-lhe o celular da mão dela, jogou-o no chão e continuou a procurar o documento. A médica relatou que quando estava com o celular da funcionária na mão, ela tentou tomá-lo de forma que causou-lhe pequenas escoriações no braço direito.
Repercussões
A suposta autora assumiu o compromisso de comparecer ao juizado especial criminal da Comarca de Conselheiro Lafaiete, no dia marcado, conforme termo de ciência e compromisso, juntamente com o termo de manifestação da ofendida.
As envolvidas foram orientadas a procurarem atendimento médico para que constassem as lesões em relatório. Diversos vídeos das agressões foram divulgados nas redes sociais inclusive com cenas de diversos profissionais contendo a médica.