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Clima tenso: vereadores pressionam mas secretária enumera avanços na saúde; consórcio vai restabelecer de médicos em PSF’s

“Não há clima hostil entre os dois poderes. Ao final da CPI do Covid-19 teremos um atendimento melhor”. Assim expressou o Presidente da Câmara, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM).

Já Cayo Noronha, Procurador da Prefeitura de Lafaiete, ressaltou o respeito a Casa Legislativa, se referindo ao embate político das últimas semanas. “Tenho maior respeito a esta Casa. Aqui não se trata de chicana, mas uma postura ético para tratar todos os assuntos”, comentou.

As duas opiniões encerraram a sessão na noite de ontem (8), na Câmara, após quase 2 horas em que a Secretária de Saúde, Rita de Kássia, respondeu a dezenas de preguntas sobre as denúncias de falta de médicos e outras irregularidades levantadas no PSF’s.

Falas exaltadas

Em alguns momentos da sessão houve atritos e falas mais exaltadas. O Vereador Sandro José (PROS), mais incisivo nas perguntas, abriu a sessão já questionando sobre uma proposta de regularização de médicos no PSF’s, citando uma reunião de 2019, em que a Secretaria enviaria ao Legislativo uma proposta para solução do problema com o cumprimento de 40 horas semanais da carga horária.

“Estamos em vias de enviar a esta Casa uma proposta de criação de um consórcio em que vamos equacionar a questão salarial dos médicos e rotatividade. Buscamos uma experiência exitosa em outras cidades”, explicou. Ela não detalhou o projeto porém apontou o instrumento como inciativa para suprir as 37 unidades de saúde.

Rita informou que 6 PSF’s permanecem sem profissionais médicos mas por razões de atestado, gestação. “Apesar da rotatividade de profissionais médicos, esta não é uma realidade não somente de Lafaiete. A população não ficou desassistida”, justificou citando 17 processos seletivos para a contratação de profissionais.

Sandro questionou a demora na emissão de receitas para pacientes com uso contínuo de medicamentos, equipamentos sem manutenção e falta de reposição de médicos no PSF’s. “Faltaria gestão se nós não tivéssemos agido para repor os profissionais tanto que foram 17 processos seletivos e se vocês tiverem alguma indicação de médicos nos ajudem. Em momento algum nossa saúde ficou desassistida”, salientou.

Sandro citou medo entre os profissionais das equipes de PSF quando se refere às denúncias de mal funcionamento das unidades.

No papel


“No papel tudo funciona e tudo é maravilhoso, mas na realidade é diferente. Ou estamos vivendo em outro mundo? O usuário que fica na ponta do sistema vive outra realidade”, disparou.

Pastor Angelino (PP) fez diversos questionamento sobre o funcionamento dos PSF’s. “A situação é gravíssima”, comentou. Ao responder sobre a falta de material de escritório, Rita reconheceu a carência de vários anos em função de processos licitatórios comuns a administração geral. Angelino cobrou reformas e manutenção nos PSF’s, quando a secretária citou um levantamento e cronograma das unidades para a manutenção.

Rita explicou a implantação de um novo sistema para acompanhamento de marcação de exames e consultas no PSF’s.

Ao responder o Vereador Vado, Silva, ela adiantou que 20 unidades já estão informatizados e em rede.

Ao final, após pergunta do Vereador André Menezes, Rita disse que enviará ao Legislativo a relação dos médicos e a jornada de trabalho que cumprem nos PSF’s.

Ao final, a Secretário Rita de Kássia foi saudadas pelos colegas de trabalho pelo desempenho na sessão quando pontuou todos os questionamentos. “O plano municipal de saúde já está no conselho para analise”, apontou, quando foi inquirida por Sandro José de que ele poderia inviabilizar a aprovação do projeto do Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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