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Designer é preso por estupro e divulgação de vídeos íntimos

Homem já havia sido preso uma vez, em 2019, pelos mesmos crimes

Cinco meses após sair da prisão, um designer gráfico, de 31 anos, foi preso em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, novamente, por estupro e divulgação de vídeos íntimos de mulheres. Em coletiva nesta segunda-feira (17), a Polícia Civil informou que neste ano já foram identificadas mais três vítimas. 

A prisão preventiva aconteceu na última sexta-feira (14). O caso começou a ser investigado em março, quando uma jovem de 28 procurou uma delegacia na região do Barreiro. 

“As vítimas nos procuraram e começaram a relatar os abusos praticados. Elas nos disseram que o indivíduo marcava encontros sexuais e, durante a prática sexual, ele começava a se portar de forma muito violenta, pedindo práticas de alguns atos que as vítimas não queriam fazer”, explicou o delegado Túlio Silva. 

O criminoso forçava o sexo anal, dava tapas e cuspia nas mulheres. Para cessar com às agressões, ele usava alguns “códigos”. 

“No caso específico da vítima de 28 anos, o investigado condicionou a parar a prática de determinado ato sexual ao fato da vítima ingerir a urina dele. Além desses abusos que, no nosso entender, configura o crime de estupro , o investigado filmava e fotografava as relações sexuais chegando a divulgá-las em aplicativos de conversas e veiculando junto com as imagens os perfis das redes sociais das vítimas para identificá-las”, detalhou o policial. 

As outras mulheres  deste ano têm 24 anos, também vítima do estupro, e uma jovem de 18. A mais nova, segundo a polícia, não teve encontro com o homem, mas chegou a trocar nudes quando tinha 15 anos com ele, tendo as imagens divulgadas. 

Preso em casa 

O homem foi localizado na casa em que mora com a mãe, avó e tias no bairro Santa Cruz Industrial. 

Ao ser questionado, ele confessou a divulgação das imagens, mas negou os atos de estupro. O homem alegou à polícia que teria “distúrbios sexuais”. 

“Ele confessa a divulgação das imagens exatamente pelo distúrbio que ele alega ter, o sadismo, exibicionismo. Mas nega a prática de estupro e fala que os atos sexuais foram  consentidos, o que é desmentido pelas vítimas”, afirmou o delegado. 

No imóvel em que o bandido estava, a polícia apreendeu CDs com imagens pornográficas, um celular e porção de maconha. 

De acordo com a Polícia Civil, o homem vai responder pelos crimes de estupro, divulgação de cenas de sexo sem o consentimento da vítima e divulgação de fotografias e cenas de sexo envolvendo menor. 

Prisão em 2019

A primeira prisão do homem pelos mesmos crimes aconteceu no dia 3 de dezembro de 2019. À época, a polícia informou que ele era aluno do curso de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, engajados em causas feministas e a grupos minoritários. Ele se preparava para apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Em 2019, ele teria divulgado vídeos das relações sexuais com três ex-namoradas em sites pornográficos.

No começo de 2020, o Ministério Público informou que o homem foi denunciado por crimes sexuais contra 12 vítimas, entre 2011 e 2019. Ele foi solto no final do mesmo ano. 

Com mais três vítimas da nova investigação, o número passa para, ao menos, 15. 

“A gente pretende, agora, com a arrecadação do celular, identificar novas imagens e possíveis outras vítimas”, finalizou o delegado.

FONTE O TEMPO

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