Quando o Grupo Queluz de Minas apareceu para o cenário cultural lafaietense na década de 80 foi um alvoroço. Para os lafaietenses, termos artistas caseiros e famosos era o máximo. Pessoas simples de nosso convívio todos eles estão entre nós até hoje. Mas neste dia perdeu um de seus mais carismáticos e risonho, Marco Túlio pediu a conta mais cedo.
Nascido e criado no bairro Museu nunca perdeu a sua característica de menino de bairro. Com um olhar de rapaz curioso ganhava a todos pela inteligência. Era um dos caçulas e deu a seu ofício de percussionista uma pegada de muito balanço. Assim eram as músicas do Queluz.
Embora elaboradas tinham o gosto da arte popular, por isso todo mundo canta com saudades do tempo áureo da nossa arte. E no meio dos veteranos e tarimbados ele era a alegria. Sempre lembraremos de Marco Túlio risonho e amável. Sociólogo de formação amava o que fazia e defendia os excluídos como ninguém. A sua voz em defesa das ideias de liberdade e vitalidade vão fazer falta. Sim, Marco Túlio era da geração paz e amor, das novas cabeças, dos corações e mentes.
Voz grave, cabelos rebeldes e coração aberto. Agora longe, se despede assobiando, tranquilo, a canção da estrela do além. Descanse em paz grande amigo! Seus pares hão de dar eco aos seus sonhos!
Texto de Osmir Camilo
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