Após o governo do Estado ter sinalizado que nessa semana existe a possibilidade de retorno das cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que estão suspensas por causa da covid, pode ser que o cenário melhore diante de tantos atrasos nas chamadas cirurgias eletivas, o que tem feito pacientes perderem qualidade de vida e, em muitos casos, levando a morte.
Para o médico cirurgião vascular Túlio Navarro, coordenador da área de cirurgia vascular pelos hospitais das Clínicas e Risoleta Neves em Belo Horizonte, as cirurgias eletivas têm se tornado urgentes.
“O que aconteceu é que uma boa parte dessas cirurgias que eram eletivas se tornaram urgências, então a redução do número de cirurgias na nossa área, em particular na cirurgia vascular, foi mínima, ela se deveu mais a restrição de bloco cirúrgico e de pessoal que ficou fora por causa do covid, ou seja, nós perdemos pessoas e o número de salas de cirurgia ficou menos disponível porque nós tivemos que ampliar CTI etc. O que aconteceu foi que os nossos pacientes que internavam e que tinham algum tempo que a gente podia esperar para fazer cirurgia chegavam gravíssimos e com necessidade de cirurgia de urgência, consequentemente o desfecho desses pacientes tem sido pior durante a pandemia, nós temos mais sequelas e mais mortalidade devido a pandemia.”
A Secretaria de Estado de Saúde disse que os municípios têm autonomia para estabelecer fluxos, critérios e gerir as solicitações desses tipos de cirurgias. Já a prefeitura da capital, que através da Secretaria Municipal de Saúde, informou que aguarda um comunicado oficial do Ministério da Saúde para retomar as cirurgias eletivas.
Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde atualmente cerca de 31 mil pessoas aqui de Belo Horizonte e dos mais de 500 municípios pactuados estão cadastradas na central de internação da secretaria esperando pela cirurgia eletiva em 18 especialidades.
