A Prefeitura Municipal de Congonhas, por meio da Fumcult (Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Lazer) recebeu, no Museu de Congonhas, na manhã desta quarta-feira (03), Elvira Nóbrega Tobias, conservadora restauradora do Museu Mineiro para a avaliação do estado de conservação do “Retrato de Aleijadinho”. A obra, pertencente ao Museu Mineiro, em Belo Horizonte, está em exposição, em caráter de comodato, no Museu de Congonhas desde a sua inauguração em 2015.
Segundo Elvira, o Museu de Congonhas tem mantido o retrato em bom estado de conservação, com todos os cuidados necessários. Com a averiguação, o Museu Mineiro dará prosseguimento nos trâmites para renovação do comodato ao Museu. O “Retrato de Aleijadinho” é um dos destaques da expografia do Museu de Congonhas e atrai desde estudiosos às crianças.
Aleijadinho nasceu provavelmente em 1738 e teria morrido em 18 de novembro de 1814, segundo certidão de óbito. O retrato, porém, foi feito no século 19, depois que Aleijadinho morreu. É um “óleo sobre pergaminho”, pintado por Euclásio Penna Ventura, medindo 20cm por 30cm. O “Retrato de Aleijadinho” foi adquirido por vários antiquários até ser doado ao acervo do Arquivo Público Mineiro, já no século 20. Há pesquisas que apontam que ele teria pertencido à Sala dos Milagres em Congonhas.
Ao longo dos anos, o quadro causou polêmica entre historiadores. Em 1972, a Assembléia Legislativa de Minas Gerais promulgou a Lei nº 5.984, considerando-o como efígie oficial do artista. A alegação de que se tratava do rosto do Mestre do Barroco se baseou na imagem representada ao fundo da pintura, em segundo plano, que parecia idêntica a uma obra de autoria do artista.