Caíram como uma bomba as denúncias relatadas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) quando apontou uma série de graves de irregularidades no Hospital de Campanha entre elas a compra e uso medicamentos de baixa qualidade do kit intubação de pacientes infectados pelo COVID-19.
Os vereadores ficaram atônicos na leitura do parecer prévio lido no plenário do Legislativo durante a sessão desta quinta-feira (17). Na plateia menos de 5 pessoas assistiram a reunião que avançou até às 20:00 horas.
O Presidente da CPI, o Vereador André Menezes (PL), exaltou os trabalhos desenvolvidos em mais de 30 dias através de longas sessões, depoimentos contundentes de médicos e funcionários e análise de mais de 6 mil documentos. “Infelizmente, tivemos um incidente aqui nesta quarta-feira (16), quando após ser notificado pelo oficial de justiça da liminar concedida favorável a prefeitura para que a procuradoria possa ouvir os depoimentos. Quero deixar claro que tudo está sendo desenvolvido com total lisura, respeito e principalmente para salvar vidas. A prefeitura tem todo o direito de acessar todos os documentos, mas entendemos que a Procuradoria não pode participar dos depoimentos”, avaliou.
“Estamos em um momento difícil. Não é fácil nosso trabalho e muitas das vezes deixamos as sessões exaustos. Mas queremos que os depoentes que estão dizendo a verdade sobre a situação e esperamos que eles não sejam punidos”, alertou o Vereador Renato Pelé (PODEMOS).
O Vereador Vado (DV) destacou a importância da CPI como instrumento moralidade dos gastos públicos. “Vemos seriedade da CPI”, disse Erivelton Jayme (Patriotas). Membro da CPI, o Vereador Pastor Angelino (PP) reconheceu a capacidade da CPI em apontar erros da administração na área da saúde. “Recursos não faltam”, salientou.
“A CPI mostrou lisura e imparcialidade”, citou a Vereadora Damires Rinarlly (PV).
Vereador de Pastor André Menezes (PP) / CORREIO DE MINAS
Agressão verbal
O Presidente da Câmara, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) reclamou novamente da proposta da Procuradoria em levar a CPI às barras dos tribunais. “Esse não foi o melhor do caminho a seguir. Aqui não é caça às bruxas, mas estamos cumprindo nossa missão principal que é de fiscalizar e cobrar eficiências na aplicação dos recursos. Pedimos desculpas que na quarta-feira tivemos que retirar as pessoas do plenário para que os depoentes fossem ouvidos. Os ânimos se exaltaram e tivemos ataques a uma servidora nossa da Câmara. A gente tratou da mesma forma a indelicadeza sofrida. Pedimos desculpas e esperamos que as sugestões da CPI sejam acatadas para melhor servimos a população”, assinalou.

A CPI foi instalada em meados de maio e tem até 120 dias para concluir seus trabalhos
O Outro lado
Em nota a prefeitura repercutiu o relatório parcial da CPI do Covid-419. “O Município de Conselheiro Lafaiete, por meio da Procuradoria Municipal, informa que não foi formalmente cientificado pelo Legislativo Municipal, apesar de reportagens veiculadas na imprensa local noticiarem a publicação de relatório parcial dos trabalhos da CPI nº 002/2021 – CPI COVID-19. Desta forma, tão logo ocorra a notificação oficial, serão apresentados, com a costumeira transparência, esclarecimentos à toda a população lafaietense”.
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