18 de abril de 2024 09:00

‘Estelionatário do amor’: falso coronel é suspeito de enganar mulheres e levar R$ 400 mil

Um homem de 52 anos foi preso, nesta quinta-feira (3), em Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, suspeito de conseguir cerca R$ 400 mil ao praticar crime de estelionato contra pelo menos três mulheres. Conhecido como “estelionatário do amor”, ele se passava por coronel reformado do Exército para se relacionar com as vítimas e conseguir dinheiro. 

Segundo as investigações, para conquistar as vítimas, o suspeito dizia ser bem-sucedido, empreendedor e apaixonado. Para dar credibilidade ao personagem criado, o estelionatário ostentava carteira, medalhas, insígnias e outros artigos do Exército. “Era uma forma de parecer que tinha boa condição financeira e que não as enganaria. Contudo, confirmamos que ele apenas prestou serviços para a corporação, brevemente, nos anos de 1980”, explica o delegado responsável pelo caso, Gustavo Xavier. 

Após ganhar a confiança e firmar compromisso com as mulheres, o suspeito passava a pedir empréstimos, com valores que variavam de acordo com as economias das vítimas. Uma das mulheres chegou a emprestar R$ 300 mil. “Outra, chegou a passar R$ 50 mil em várias parcelas e um veículo”, detalhou Xavier.

As investigações revelaram ainda que após conseguir o dinheiro, o suspeito desaparecia e procurava outras mulheres para iniciar um relacionamento com o propósito de aplicar o mesmo golpe. Em todos os casos, ele abriu empresas com os dados das vítimas que, por fim, acabaram sofrendo também processos trabalhistas.

Três mulheres já identificaram o homem, preso nesta quinta-feira (3). No entanto, a Polícia Civil acredita que o número de vítimas do suspeito pode ser maior. O chefe de Divisão do Decoof, delegado Eric Brandão, explica que a investigação do crime de estelionato é condicionada à representação da vítima. “Portanto, é necessário que, além de registrar um boletim de ocorrência, as vítimas compareçam à delegacia para assinarem o termo de representação”, esclarece. 

Depois de quase cinco meses de apuração, o suspeito foi preso na Grande BH, em uma obra onde trabalhava como empreiteiro. Conforme a polícia, o suspeito já acumulava mais de 20 registros policiais por estelionato. Ele foi ouvido e encaminhado ao sistema prisional. A pena para o crime de estelionato pode chegar a cinco anos de reclusão. (Itatiaia)

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