19 de abril de 2024 06:41

Quase 4 meses após confirmação de morte, filha consegue sepultar mãe

Foram quase quatro meses de espera para que a manicure Rosiane Gonçalves, de 35 anos, conseguisse, finalmente, sepultar a mãe. Neste domingo (20), os restos mortais de Maria do Carmo da Silva Gonçalves, de 58 anos, mais conhecida como Carminha, foram enterrados no cemitério Parque da Cachoeira, em Betim. A ossada da vítima tinha sido encontrada no dia 10 de novembro, em um lote vago próximo à residência da família, no bairro Nossa Senhora das Graças em Betim. 

A mulher havia desaparecido em 2017, e, apenas no fim do ano passado, o suspeito de tê-la matado disse em que local estava o corpo.

“Graças a Deus hoje acaba essa luta. Hoje vamos colocá-la em um local digno, mesmo que seja somente os ossos”, desabafa a filha.

Antes do enterro, os familiares realizaram um cortejo que saiu do local onde a vítima foi encontrada até o cemitério. A despedida aconteceu com orações, palmas e muitos balões brancos.

Segundo os familiares, após ser solto em dezembro, o suspeito de matar a mulher teria sido preso novamente, mas a reportagem não conseguiu essa confirmação com o Tribunal de Justiça ainda.


RELEMBRE O CASO


Para a polícia, o assassino confesso Roberto Lopes, de 58 anos, contou que, no dia 9 de dezembro de 2017, por volta das 16h, a mulher havia ido até a casa dele para visitá-lo, e lá eles começaram a discutir sobre uma parente da vítima que estava grávida e, por isso, havia sido abandonada pelo namorado.

Durante a discussão, ela teria dado um tapa no rosto dele. O homem, que no momento da suposta agressão estava almoçando, jogou o prato de comida no rosto de Maria. Foi quando ela caiu, bateu a cabeça em uma porta e morreu. Ao perceber que a mulher estava sem vida e temendo ser incriminado, o homem arquitetou um plano para se salvar.

Ele relatou à polícia que esperou anoitecer e, por volta das 22h, enrolou o corpo da vítima em um cobertor, colocou-o em um carrinho de mão e o jogou em um lote vago próximo da casa deles.

“Ele ainda disse que o local escolhido para jogar o corpo da mulher se tratava de uma ribanceira, onde pessoas de uma obra perto do local estavam jogando entulhos. O corpo da vítima estava enterrado a cerca de 4 m de profundidade e coberto por entulhos”, disse o delegado Otávio de Carvalho na época em que o crime foi desvendado.

Segundo familiares da vítima, os dois possuíam um relacionamento amoroso, que era mantido em segredo. Depois de matar a mulher, o homem fugiu para o interior de Minas e não foi mais visto. No entanto, graças às redes sociais, a polícia conseguiu localizá-lo.

O homem foi preso no dia 9 de novembro, na praça da cidade de Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas, onde confessou o crime e revelou onde ocultou o corpo da mulher.

-O Tempo

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