Tínhamos um costume na roça, lugar onde morei boa parte da vida. Aos sábados, bem cedo, tomávamos café sentado na área de fora da casa, bem pertinho do fogão a lenha.
Na frente da casa tinha um pé de mexerica, que balançavam as folhas lentamente com o sereno do amanhecer.
O silêncio permanecia entre nós, meu avô olhava longe e fixamente para os raios de sol que apontavam detrás da serra, era como se o amanhecer tivesse cheiro, mas não um cheiro qualquer, era um aroma de calmaria e de paz.
Era um cheiro de completa felicidade.
Sentada ali, na serra da piedade, num sábado de manhã, olhei longe e fixamente, e depois de anos, senti o cheiro novamente.
O cheiro da completa felicidade.
(Por Suelen, texto e fotografias – Serra da Piedade 2018)
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