17 de maio de 2024 07:29

Escola sofre nova ameaça de massacre na região

Na Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, do bairro São José, mais uma ameaça de massacre teria acontecido, totalizando três em nove dias. A informação de que houve a terceira ameaça é do jornal O Tempo. Segundo o jornal, só neste ano, foram pelo menos 13 casos desse tipo em escolas de Minas Gerais. O delegado Marcelo Teotônio investiga o caso da Manoel Salvador. As linhas investigativas, de acordo com o delegado, analisam se foi aluno ou funcionário. “A câmera da escola não funciona, mas não está descartada a entrada de pessoas de fora (da instituição de ensino)”, disse ele, em entrevista ao jornal.

Teotônio informou que o primeiro recado foi escrito no banheiro masculino. Já a segunda ameaça, no banheiro das meninas. “Na segunda-feira (27/6), apareceu a primeira mensagem dizendo que o massacre ocorreria na terça-feira (28/6). Na terça-feira, outra mensagem dizia que a presença da Polícia Civil no local não impediria o massacre”, detalhou. 

A terceira ameaça aconteceu na última terça-feira (5/7), afirmou o jornal. “Enviamos a perícia e aguardamos os resultados dos trabalhos para delimitar nossa investigação. É um trabalho complicado, pois estamos falando da maior escola da cidade, com 1.100 alunos. Não podemos desacreditar de nada: desde brincadeira para não ter aula e gerar o caos até mesmo um real desejo de praticar um massacre”, finalizou o delegado.

Fachada da Escola Manoel Salvador de Oliveira, em Itabirito. Foto – Letícia Freitas – Agência Primaz


“Coisa normal”

Para a psicóloga Samantha Alves, ouvida pelo O Tempo, não se pode achar que não vai dar em nada e que o aluno só quer chamar a atenção ou pressionar a escola. “São jovens que precisam de acompanhamento profissional de psicólogos e psiquiatras. Não podemos tratar como coisa normal”, disse.

Segundo ela, em entrevista ao jornal, “a responsabilidade não pode ser 100% da escola, pois ela tem limitações do que pode oferecer. Seria interessante, mas sempre com a participação da família e de outros profissionais, ter campanhas educativas nas escolas. Mais do que isso, os pais devem manter diálogo com os filhos, ficar atentos aos sinais que eles demonstram e ver o cenário em que eles estão inseridos. É preciso uma rede de apoio para lidar com esta realidade imposta”.

Secretaria de Estado da Educação de MG

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE-MG), ações de combate à violência no ambiente escolar são desenvolvidas e estimuladas nas instituições de ensino, e que “as investigações dos casos são de responsabilidade das autoridades competentes, incluindo a Polícia Civil”.  

  • Fonte: Radar Geral

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