28 de março de 2024 10:04

Lagoa Dourada: suposto Pai de Santo é acusado de abusar de mulheres durante rituais religiosos

Nesta quarta-feira (11), a Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia de Polícia Civil de Lagoa Dourada (MG), cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de um homem de 56 anos, investigado pelo crime de estupro mediante fraude sexual. O suposto líder espiritual dopava e estuprava mulheres com promessas de fertilidade.

As investigações começaram após as primeiras vítimas denunciarem o pai de santo na delegacia local. Segundo relatos das vítimas, elas tinham problemas para engravidar e/ou problemas conjugais e procuravam o pai de santo no intuito de serem ajudadas. 

Os abusos

De acordo com as vítimas, durante as sessões de umbanda, o investigado pedia que elas ingerissem uma espécie de elixir e que tirassem as roupas íntimas, vestindo em seguida, um vestido branco e semitransparente nas mulheres.

Ainda segundo os relatos das vítimas, logo após tomarem o elixir, começavam a sentir tonturas e ficavam confusas, momento em que o pai de santo iniciava uma espécie de unção na genitália, sob pretexto de “tirar o espírito que rouba bebês” e as deitava em uma cama de alvenaria dentro do terreiro. 

Após, as vítimas perdiam a consciência e acordavam nuas, com dores e confusão mental. As mulheres revelaram ainda que o curandeiro alegava que tinha permissão do espírito dos maridos para penetrar nelas e manter as relações sexuais, com o pretexto de “abrir o caminho da gravidez”.

As vítimas revelaram à polícia que o homem ainda dizia que elas não poderiam contar aos maridos, senão o encanto seria quebrado e não conseguiram a gravidez.

As investigações

Devido a riqueza de detalhes nos relatos das mulheres, as investigações avançaram e foi apreendido vasto material pornográfico na casa do pai de santo. Dentre os materiais apreendidos estavam filmes pornográficos de zoofilia e pedofilia, calcinhas e roupa íntima, lubrificante sexual, frascos de remédio vazios, bebidas alcóolicas e chás.

O delegado responsável pelo Inquérito Policial, Roberto Fernando de Nóbrega Filho, ressaltou que eventuais novas vítimas podem procurar a delegacia local e realizarem as denúncias com todo sigilo, alertando ainda para que as vítimas denunciem para que não ocorram novos abusos. (Mais Vertentes)

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