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Hospital de Jeceaba esclarece suposta negligência médica em morte de bebê de 8 meses

Um casal procurou nossa redação para expor sua a dor e a tristeza com a morte prematura de um bebê aos 8 meses ocorrida no dia 5 de agosto. Segundo a versão, a gestante sentiu dores fortes e endurecimento do abdômen e procurou atendimento. O médico do Hospital de Jeceaba (MG) relatou que seriam gases, mas não realizou toque nem pediu qualquer exame. Ele teria receitado somente o remédio para gases e pediu a paciente para retornar para a casa.

Pouco tempo depois a gestante começou a ter um intenso sangramento e as dores aumentaram. Seu esposo foi até o hospital novamente solicitar uma ambulância e explicou a gravidade do que estava acontecendo porém em um trajeto que se conclui em menos de 4 minutos a ambulância demorou aproximadamente 30 minutos para chegar até o local. Levaram a gestante novamente para o hospital e a mantiveram ela por mais algumas horas. Relataram que estavam tentando conseguir uma vaga no hospital Bom Jesus sendo que a paciente já residia em Congonhas e tais informações constavam na ficha da paciente. “A mesma poderia ser atendida em Congonhas sem nenhum questionamento. Mesmo após realizarem contato no hospital e aceitarem a transferência, demoraram ainda quase uma hora para saírem com a paciente”, informou o casal.

Ao chegarem no Hospital Bom Jesus foi solicitado uma cesárea de emergência e informado que tentariam salvar pelo menos um dos dois (a mãe ou o filho) e o bebê infelizmente nasceu já sem vida tendo como causa da morte hipóxia intra-uterina e deslocamento prematura da placenta e não gases. A gestação vinha sendo acompanhada em um pré-natal tranquilo e sem intercorrências com mãe e filho saudáveis até então.

Resposta do Hospital

A Associação Hospitalar de Jeceaba/MG divulgou nota a respeito de uma suposta negligência médica sobre um caso de morte de um bebê ocorrida no dia 5 de agosto, quando uma gestante deu entrada à instituição por volta das 13:30 horas.

“A paciente, gestante, alegava os sintomas, descritos por ela mesmo como “barriga ficando dura”. Também negou qualquer episódio de sangramento ou perda de líquido. Imediatamente o médico plantonista do hospital realizou os procedimentos médicos, exames e a medicação, e deixou-a em observação. Após um tempo a paciente demonstrou uma melhora significativa no seu quadro clínico, onde foi constatado pelo médico que a paciente encontrava-se apta para alta médica, e a mesma foi orientada a retornar ao hospital caso apresentasse sinais de alarme. Ademais foi orientada a procurar imediatamente a avaliação do obstetra para realização do pré-natal.

No entanto, às 17h30min a paciente retornou ao hospital, desta feita alegando dor abdominal, e início de quadro de sangramento vaginal há 30 (trinta) minutos. Prontamente foi atendida pela equipe médica e corpo de enfermagem, e sabendo-se da inexistência de obstetra e/ou cirurgião plantonista na instituição, e sabendo-se que o hospital de Jeceaba/MG não possui bloco cirúrgico ativo, iniciou-se o processo de contato com a instituição Associação Hospitalar Bom Jesus, no município vizinho de Congonhas/MG, referenciada pela Regulação do SUS para prestar atendimento ao paciente em situações específicas, tais como a da paciente C.S.M.R., oriunda de uma unidade de menor capacidade técnica, qual seja, a Associação Hospitalar de Jeceaba/MG.

O primeiro contato com o Hospital de referência foi feito, via telefone, por volta das 18h, e o médico obstetra de plantão se encontrava no bloco cirúrgico em atendimento. A equipe de enfermagem daquela instituição se comprometeu a retornar a ligação tão logo o obstetra estivesse disponível. Às 18h40min a equipe do Hospital Bom Jesus retornou a ligação dando o respectivo aceite para transferência da paciente que aguardava na Associação Hospitalar de Jeceaba. A equipe da Associação Hospitalar imediatamente iniciou os preparativos, tanto da paciente, quanto do veículo ambulância e, também, a própria equipe, quando a paciente apresentou episódio de vômito, seguido por sangramento, sendo necessária a administração de medicação pertinente, conforme prescrição médica.

Às 19h10min a paciente foi encaminhada ao Hospital Bom Jesus em Congonhas/MG, sendo acompanhada por enfermeira e médico da Associação Hospitalar de Jeceaba/MG, além do condutor da ambulância. Infelizmente, mesmo sendo transferida para o leito especializado, a gestação da paciente foi abruptamente interrompida, uma fatalidade, ao qual sentimos muito pela perda de uma vida, prestando nossas mais sinceras condolências aos familiares.

O pronto atendimento da Associação Hospitalar de Jeceaba/MG é porta de entrada importante para o usuário do Sistema Único de Saúde, e dispõe de médicos 24h (vinte e quatro horas) por dia, para melhor atender a todos os usuários do Sistema Único de Saúde/SUS, sendo ente fundamental na Rede de Atendimento Hospitalar da região.

Nesta instituição, prezamos pelo bom atendimento, transparência e respeito a todos os pacientes e comunidade.  A Associação Hospitalar de Jeceaba/MG reforça seu compromisso com a dignidade, integridade e segurança de seus pacientes e colaboradores, e assim continuará sendo, inclusive prestando todos os esclarecimentos necessários para demonstrar a lisura na condução de suas atividades”.

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