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Em noite de autógrafos, o poeta Osmir Camilo consagra sua 3ª obra devotada ao território matildense

“Viva Santa Matilde”. Bradou em alto e bom som o escritor e poeta lafaeitense Osmir Camilo Gomes logo no início do lançamento de seu 3º livro, “Santa Matilde- Vila quase cidade”. O evento aconteceu na noite deste sábado (12) no Salão Paroquial da Igreja Bom Pastor. Uma plateia representativa tomou o espaço, em sua expressiva maioria de moradores que são os personagens e protagonistas da obra, gestada por mais de 2 anos.

Garimpeiro da memória, escultor de versos, carpinteiro das palavras e lavrador da memória resgatada por longas horas de entrevistas. Osmir Camilo, emocionado no evento, contou os mais de 50 anos do icônico bairro que carrega grande parte da história de Lafaiete e sua importância na formação social, econômico e cultural da cidade.

Os elementos do livro são os costumes, o trem de ferro, as primeiras famílias, como Amaral, as fazendas, educação, literatura, as tradições, o comércio, música, esporte, as artes, as figuras marcantes e a Companhia Santa Matilde que impulsionou a economia de Lafaiete, um dos símbolos do progresso e portas abertas para seu desenvolvimento. O legado ainda está marcante e ainda vivo na história da cidade.

Um povo agrário e urbano, cosmopolita e provinciano, cooperativo, futurista mas arraigado a seu passado cujos valores são preservados e memorizados na epopeia das páginas fecundas de relatos apaixonados e vibrantes. Os primórdios do território, as Ruas Velha e Nova, início do povoamento do Bairro estavam representados com louvor no lançamento por diversas figuras remanescentes desta época. E quem diria: o bairro tem história fincada no Movimento Revolucionária da Inconfidência Mineira.

Com mais de 250 páginas, a obra sintetiza com total mérito, maestria, a dedicação e labuta de anos de afinco de mais de 150 pesquisas orais e escritas e coroa com orgulho o passado e o presente da comunidade matildense. “Esta obra foi escrita há várias mãos. Tiro um peso das minhas costa”, contou Osmir, se referindo um sonho pessoal com o bairro em resgatá-lo em um livro. “Eu não tenho outra palavra, a não ser a gratidão. Aqui temos um povo unido, solidário, respeitoso. Uma comunidade que é exemplo para nossa cidade. Um orgulho pessoal”, arrematou Osmir.

A noite de autógrafos foi recheada de poesia, entrega de medalhas, apresentações musicais e aquele café com bolo e queijo. Um momento emocionante de convivência e regate de vínculos afetivos entre os moradores e a celebração de seus valores mais nobres. A obra foi graças a uma parceria fecunda da comunidade e empresários. A identidade de um território agora está resgatada e preservada. Viva Osmir! Viva os matildenses!

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