Há uma semana os mais de 2 mil moradores do Bairro Pires, em Congonhas, sofrem com a água barrenta, poluída e imprópria para o consumo. Ontem (9), novamente o problema se agravou ainda mais com lama na torneira oriunda do rompimento da uma adutora Ferro +. A revolta tomou a comunidade. “Antes era a passarela, agora é a água. A situação é insustentável”, disse a Presidente da Associação de Bairro, Isaura Pires.
Em nota a mineradora informou que está realizando a substituição da tubulação de água para dar mais segurança a população. A empresa disse que está mobilizando caminhões pipa com água potável e galões de água mineral para atender os moradores. A mineradora informou que continua empenhada nas tratativas com a comunidade comprometendo a divulgar informações.
Na sexta-feira (3), o rompimento da adutora da CSN carreou minério para a mina do “boi na brasa” levando barros nos canos das casas. Além da cor, água está com fedor. No sábado, a mineradora disponibilizou cerca de 300 galões para os moradores, o que foi insuficiente.
Cercado de mineradoras, os moradores do Pires convivem com o problema de segurança hídrica há mais uma década. “É essa luta. Sempre chega água suja, mas desde sexta (3) está suja direto. A CSN trouxe 300 galões de água, puseram em lugar longe para as pessoas buscarem e foi só. Não trouxeram mais e aqui são milhares de pessoas. Depois veio um dia limpa, um dia suja. Quando foi ontem à tarde, a água chegou puro barro. Eles não dão explicação de nada sobre o que está acontecendo”, diz a moradora.
Promotoria
O Promotor Vinícius Alcântara, curador do meio ambiente, informou a nossa reportagem que abriu uma “Notícia de Fato” para apurar a situação e oficializou a Prefeitura, empresas e Copasa. “Estamos apurando a situação no Pires”, disse.
Prefeitura
“Estivemos na localidade do Pires para verificar a situação da água juntamente com a fiscalização municipal. após análise inloco, constatou-se que as operações da empresa Ferro+ ocasionaram dano na adutora de água. A COPASA e a empresa tomaram as ações cabíveis para solucionar o problema. A fiscalização municipal tomará as devidas providências em relação ao fato ocorrido”, disse a nota da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.