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De cada dez litros, quatro litros são desperdiçados por brasileiro

Amanhã (22), é o Dia Mundial das Água, mas há mais reflexões do que comemorações. Você sabia? Praticamente quatro, em cada dez litros de água potável são desperdiçados pelas 100 maiores cidades brasileiras? Pois essa conclusão absurda consta do levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil, divulgados, nesta terça-feira (21), ao constatar a ‘cultura do desperdício’ de água tratada pela sociedade brasileira, embora o objetivo inicial do trabalho fosse destacar aqueles municípios com melhores índices de saneamento no país.

Segundo o estudo, a quase totalidade (99%) das populações dos municípios nas melhores posições do ranking têm acesso à água potável; 98% contam com serviços de coleta de esgoto e 80% realizam tratamento dos dejetos. Neste quesito, a liderança é dividida pelas cidades de São José do Rio Preto (SP), Santos (SP) e Uberlândia (MG) lideram nesses quesitos.

Em contraponto, as campeãs nacionais do desperdício – até 77% de perdas – são as capitais Porto Velho (RO) e Macapá (AP) e Marabá (PA), onde a coleta de esgoto só atinge um terço da população, e o tratamento deste não passa de 18% da população.

A disparidade de condições de vida das localidades citadas tem origem na diferença de cobertura dos serviços, uma questão basicamente econômica, condicionada ao volume de recursos aplicados no setor pelos municípios. Enquanto que os primeiros colocados no ranking da entidade investem, em média, R$ 166,52 por habitante, em contraste, os ‘lanterninhas’ de investimento costumam gastar, em média, não mais do que R$ 55,46 por habitante.

Com base em informações fornecidas pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, elaborado pelo governo federal, o levantamento do Instituto Trata Brasil é o primeiro que apresenta o ranking de acesso à água potável, após a aprovação do Marco Legal do Saneamento em 2020, o qual estabelece para agosto de 2024, o prazo final para o fim dos lixões no país.

Na última quinta-feira (16), o Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu prazo de 180 dias (seis meses) para que o Ministério do Meio Ambiente apresente um plano de ação visando erradicar por completo os lixões no país, que chegam hoje a 3,2 mil. Atualmente, apensa 44% dos municípios brasileiros destinam adequadamente seus resíduos sólidos.

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