3 de maio de 2024 02:59

Em sessão tensa, vereadores prometem acordo com servidores e impedem votação de projetos; “a solução é do prefeito”, salientaram

Mais uma sessão tensa, debates acalourados e os nervos à “flor da pele” em Lafaiete (MG) nesta terça-feira (30). Há menos de 15 dias, mais de 200 funcionários conquistaram uma vitória ao lotarem o recinto da Câmara de Lafaiete (MG) quando os vereadores trancaram a pauta de votação de projetos como forma de pressionar a administração municipal a decidir sobre o aumento salarial e outras reivindicações da categoria.

“Não estou aqui para tumultuar mas fizemos um compromisso de não votar os projetos. Não podemos quebrar o acordo”, pontuou o Vereador Pedro Américo (PT) cobrando que nenhum dos projetos em pauta fosse votado até que o prefeito decidisse o acordo com os servidores.

O Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil), Líder do Governo, ponderou que o acordo seria em função do regimento interno. “Aqui não tem moleque ou menino. Dissemos que os projetos seriam adiados de acordo com o regimento, isto é, alguns com 45 dias ou 60 dias”. Ele informou que a administração está acertando um índice de aumento aos funcionários e o atendimento de outras demandas mas aguarda a audiência de conciliação com o sindicato. “Temos que justos e travar a pauta”, considerou O Vereador Eustáquio Silva (PV).

O Vereador Renato Pelé (Podemos) fez críticas ao mal atendimento que ele passou em um setor da prefeitura. “Não podemos generalizar, mas tem muitos funcionários que trabalham mal. Não se trava a pauta em função de aumento salarial”.

“Faço aqui um reforço de que o travamento já que foi um compromisso nosso e o prefeito vai acelerar um acordo com os servidores”, analisou Damires Rinarlly (PV).

Mais incisivo, o Vereador André Menezes (PL) cobrou a cumprimento do prometido com os servidores. “O que foi prometido temos que cumprir. Chegou a hora e agora temos que honrar nossa palavra”.

O Vereador Fernando Bandeira (União Brasil) exigiu a rapidez do Prefeito Mário Marcus (União Brasil) a definição do acordo. “Se é 3% ou 4% que se defina logo esta situação. Que o procurador e o secretário de fazenda apressem a solução. Que virem a madrugada para a definição como eu faço quando estou apertado no serviço. Precisamos de uma resposta rápida. Que sejamos verdadeiros com os servidores e transparentes”, salientou.

“Se eles não tivessem vindo aqui nada disso estaria acontecendo”, justificou Pedro Américo. O Vereador Pastor Angelino (PP) se juntou ao coro dos que defendiam o trancamento da pauta. “A palavra tem de ser cumprida e que o Executivo seja o responsável pelo acordo com os servidores. Temos que cumprir o nosso acordo e manter os nossos princípios até que se tome uma providência”.

O Vereador Sandro José (PRTB) estranhou que mesmo diante do acordo de travamento da pauta alguns projetos foram votados. “A palavra não pode voltar atrás”, destacou André.

Em meio ao debate, o Vereador Giuseppe Laporte (MDB) pediu vistas aos projetos, suspendendo as votações até esta quinta-feira (1º). Caso sejam mantidas, nada será votado do Executivo. “É o chefe do Executivo que é o responsável em resolver a situação. Nós, vereadores, não temos nada haver com este imbróglio e que se agilize uma solução”, finalizou.

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