Em uma Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público, a Juiza Célia Maria Andrade Freitas, determinou, em Liminar, a suspensão dos rodeios na VIII Festa do Cavalo,da Festa Rancho do Vale, no Distrito de Pinheiros Altos, em Piranga (MG). A multa é de R$50 mil por descumprimento da decisão.
A Magistrada também proibiu o sedéns de qualquer tipo, provas de lanços, provas de derrubadas, pega garrote, vaquejadas e quaisquer outras modalidades que consistam em derrubar o animal, em vista de risco de morte e lesões.
A Liminar narra ainda a suspensão do uso de qualquer meio que visem estimular inquietação, como choques elétricos e/ou mecânicos e espacamentos nos bretes. Os rodeios mirins também estão proibidos, como a utilização de pôneis, bezerros, ovelhas, carneiros cavalos, cabaras e outros animais em simulação de montaria em em práticas sugestivas a lançamentos, doma e subjugação. Ao acolher o pedido de Liminar a Juiza determinou ofício a Polícia Ambiental para a fiscalização das medidas da decisão.
A festa segue com sua programação, mas sem rodeio.
Outro evento
A Liminar, baseada nas denúncias do Ministério Público, cita que a empresa responsável promoveu em abril a Festa do Produtor Rual, em Piranga, tendo sido emitido um laudo da perita médica veterinárira, em um inquérito Civil, aberto pela promotora Clarisse Perez, da Comarca de Piranga, quando foi constatado a “ocorrência de maus tratos, concluindo que “os bovinos utilizados nas provas de montaria foram submetidos a comportamentos humanos intencionais que causam dor, sofrimento e angústia desnecessárias, incluindo abusivos físicos e psicológicos para fins de entretenimento humano, resultando em baixo grau de bem estar animal, sugerindo que as práticas de rodeios sejam extintas no município de Piranga”.
O outro lado
Em vídeo, o representante Cia Rancho do Vale, disse que foi supreendido na noite de ontem (16) pela decisão momentos antes do rodeio. “Para que proibir se sequer nenhum animal ainda pulou?”, questionou. Em seguida ele criticou a decisão da Juiza e disse que vai tomar as providências cabíveis para retomar os rodeios na festa. “Estamos cumprindo uma ordem judicial, mas nós profisssionais sabemos que o rodeio é patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Queremos saber a base desta decisão se quer houve maus tratos. Vamos amanhã comunicar para todo o Brasil esta decisão e mobilizar nosso movimento, já que o rodeio é uma prática legal”.