27 de abril de 2024 23:28

Pai que matou filho brigava na Justiça por guarda e planejou assassinato

O homem de 52 anos que matou o filho, de 5, a tiros e depois se suicidou, em Claro dos Poções, no Norte de Minas Gerais, nesta quarta-feira (1º de novembro), brigava na Justiça pela guarda do pequeno. O assassinato, segundo moradores da cidade, teria sido planejado.

O criminoso chegou no município nessa terça-feira (31), ele morava na cidade de Serro, no Alto Paranaíba. O homicídio ocorreu quando Davi chegava à escola acompanhado do namorado da mãe. O pai, então, atirou contra o menino e o companheiro da ex.

“A raiva dele era de não conseguir a guarda do filho. Ficamos sabendo que o pai do menino veio de Serro e que, na noite de terça-feira, teve uma discussão com a ex. Ele falou que se o filho não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém”, contou uma moradora em anonimato.

Momentos antes do assassinato, o homem foi visto pelas redondezas da unidade escolar. “Ele ficou rodando de carro por um longo período só observando tudo. Quando o padrasto chegou com o menino, o pai desceu do carro, deixou a porta aberta, e começou a atirar. Comentaram na cidade que ele até ameaçou matar o guarda da escolinha. O crime foi premeditado. Não tem cabimento”, comentou. Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra o momento em que as vítimas recebiam os primeiros-socorros. Na gravação, uma mulher protege a criança do sol com um guarda chuva até que ela é levada por um profissional da saúde. O padrasto da vítima aparece com uma faixa na cabeça. Na sequência, ele é colocado em uma maca por duas pessoas.

Cidade em luto

A cidade, com poucos habitantes (pouco mais de 7 mil), está em luto diante da tragédia. “Todos nós, em Claro das Poções, estamos sentidos. Ninguém esperava que isso fosse acontecer, principalmente em uma escola. A gente vê essas coisas na televisão e jamais pensa que algo semelhante vai acontecer perto de nós”.

Os tiros efetuados pelo criminoso contra as vítimas deixaram os moradores preocupados com a possibilidade de outras crianças terem sido acertadas . “As balas corriam o risco de acertar outras pessoas e a situação poderia ser ainda mais grave. É muito triste ver tantos casos de violências nas escolas, que é lugar de conhecimento”.

Uma das moradoras entrevistadas relembrou que o menino gostava de frequentar um restaurante da cidade para lanchar. “O garotinho era uma criança muito alegre. Loirinho do cabelo cacheado. Uma lindeza. Fica a saudade. A mãe dele está desesperada”, desabafou. 

A perícia da Polícia Civil esteve no local do crime para realizar os trabalhos de praxe. “Tem muitas viaturas pela cidade. Algo que nunca vimos antes”, concluiu um dos moradores de Claro dos Poções.

  • O Tempo

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