Já eram mais de 22:00 horas desta quarta-feira (8), quando a Juíza Juíza Marié Verceses da Silva Maia, titular da Comarca de Carandaí (MG), leu a sentença condenatória em desfavor do Edge Guilherme Pereira Marta, condenado a 19 anos e 3 meses de prisão em regime fechado. O Júri popular mobilizou a região em torno do feminicídio ocorrido em janeiro de 2021 quando o autor matou sua namorada, a jovem, de 17 anos, Thaís Cristina Gomes Pereira, à época com 17 anos, em Capela Nova (MG). O réu, que está no presídio de Conselheiro da Lafaiete, logo após o assassinato foi condenado por um homicídio duplamente qualificado (meio cruel e feminicídio).
O crime
O crime brutal chocou a singela Capela Nova (MG), com seus poucos mais de 3 mil habitantes, com seu clima de tranqualidade interiona e povo pacato. O corpo da jovem foi encontrado por um caminhoneiro, caído em uma estrada vicinal de Melo. A vítima tinha vários ferimentos pelo corpo e também na cabeça, tendo sofrido, inclusive, traumatismo cranioencefálico.
Após cometer o feminicídio, o suspeito, que era ex-namorado da vítima, fugiu de Capela Nova para Conselheiro Lafaiete, onde foi preso. Em depoimento, o homem relatou não saber como o crime teria ocorrido e que possivelmente pegou um pedaço de pau para se defender da vítima, pois ela estaria “possuída por espíritos” e teria partido para cima dele.
Denúncia
Segundo a denúncia do Ministério Público, Edse e Thaís namoraram por oito meses e pretendiam se casar. Entretanto, cerca de 20 dias antes do crime, a jovem decidiu terminar o relacionamento, o que deixou o suspeito inconformado. No dia da morte, antes de se encontrar com a vítima, ele enviou mensagens para a jovem, ameaçando-a e dizendo que desfiguraria o rosto da garota, para que ninguém mais gostasse dela.