Itabirito (Região Central de Minas) – Um homem (de 58 anos), cujo 1º nome é Jorge, foi vítima de agressões brutais. Ele sofreu golpes na cabeça e em diversas partes do corpo. Jorge está em estado grave no João XXIII, em BH, com traumatismo craniano e clavícula quebrada. Ele corre risco de morte.
Na tentativa de homicídio, paus e pedras teriam sido usados. Há sangue em vários pontos da casa dele, que fica na Rua Antônio Lima, bairro Nossa Senhora de Fátima. Jorge foi encontrado, pela família dele, no quarto da residência, ontem (9/2), às 20h. Semiconsciente, ele não conseguia dizer ao certo o que teria acontecido.
Para a família dele, as suspeitas recaem sobre duas mulheres, que teriam um relacionamento amoroso entre elas. Uma delas (nascida no Rio de Janeiro e grávida, atualmente, de 6 meses) foi morar na casa da vítima há cerca de dois meses. A outra chegou dias depois e, após um tempo, também começou a morar (as duas) numa barraca armada no quintal da residência.
Segundo a família, uma das mulheres (a que chegou depois) era violenta. Inclusive, agredia a companheira. “Ela chegou a falar um dia: ‘por que a gente não mata seu pai?’”, disse a filha de Jorge. O tom da fala (supunha-se) era de brincadeira.
A família acredita que o crime foi premeditado. “Saímos todos de casa horas antes. A maior parte foi comemorar meu aniversário. Ficaram na casa somente meu sogro e elas. E a que era violenta quis saber quando nós voltaríamos”, disse o genro de Jorge.
De acordo com a família, as duas disseram à Polícia Militar que Jorge teria tentado abusar da mulher que veio do Rio. A outra, então, chegou na hora e, por isso, tentou matá-lo. “Eu pedia para ela parar, mas ela não parava”, teria contado a mulher grávida a uma pessoa do bairro.
A família de Jorge discorda dessa versão. “Os dois já ficaram sozinhos outras vezes. A que veio antes já foi carinhosa com meu sogro. Já a outra parecia que tinha transtorno mental. Batia inclusive na barriga da companheira porque não aceitava a gravidez”, afirmou o genro.
Os familiares afirmam que Jorge, há uma semana, pediu para que elas fossem embora. E o prazo para isso terminaria, justamente, no dia que aconteceu o crime.
Depois das agressões, as duas saíram da casa levando as coisas delas, deixando somente um bebê-conforto.
Drogas
Na casa moram nove pessoas. Todas da mesma família. Incluindo cinco menores. Com as duas, o número de ocupante passou a ser 11. As suspeitas usam bebida e maconha. Já Jorge fazia uso de várias drogas, inclusive, crack.
A família acredita que, no começo, Jorge tinha a intenção de ter um caso com a que chegou primeiro. Mas teria desistido depois que a outra veio. “Ela (a violenta) disse para uma pessoa do bairro que vai voltar para terminar o serviço. Será que ela quis dizer que vai acabar de matar ele ou matar a gente?”, questionou uma familiar.
Às 16h30 de hoje (10/2), a perícia da Polícia Civil ainda estava sendo aguardada. No mesmo momento, os familiares se preparavam para procurar a delegacia.
Acredita-se que a confusão tenha começado na frente da casa. Isso porque há cigarros de Jorge jogados no local. Depois teria ido para o quintal e para cômodos. Não se sabe a exata ordem dos fatos.
A família garante que somente a que veio do Rio trabalhava, e que nenhuma das duas ajudava nas despesas da residência. A informação que se tem é que ninguém está preso. (Radar Geral)