Resíduos da mineração vão virar metais nobres em Minas Gerais

A subsidiária integral da Boston Metal, dos Estados Unidos, está investindo R$ 573 milhões na unidade de demonstração e em uma planta com escala comercial

Com a promessa de apresentar tecnologia inovadora que transformará os resíduos da mineração em minas de extração de metais nobres e de fornecimento de insumos para produção de aço verde, a Boston Metal Brasil inaugura em 7 de março a primeira unidade de demonstração da tecnologia Molten Oxide Electrolysis ou Eletrólise de Óxido Fundido (MOE), em Coronel Xavier Chaves, na região do Campo das Vertentes.

A subsidiária integral da Boston Metal, dos Estados Unidos, está investindo R$ 573 milhões na unidade de demonstração e em uma planta com escala comercial, que deve ter a engenharia detalhada e os icenciamentos iniciados. Na unidade de demonstração, que será inaugurada agora, há uma célula e eletrólise de 2,5 kilampere (KA), enquanto na planta comercial serão 22 cédulas de 50 KA.

A Boston Metal, criada em 2013, por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), engenheiros e metalúrgicos com a missão de descarbonizar a produção de aço e transformar a forma como os metais são produzidos, conta com apoio de grandes grupos, como Vale, Microsoft, ArcelorMittal, IFC e BHP, entre outros.

Com captações da série C, a empresa obteve, desde setembro, US$ 282 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão). Hoje a Boston Metal opera uma planta semi-industrial em Woburn, próximo a Boston, nos Estados Unidos.

Com apetite

Com a perspectiva de que a redução da taxa de juros aumente o mercado de crédito e destrave as fusões e aquisições e os lançamentos de ações de empresas, o Grupo SWM está negociando a compra de um escritório de assessoria de investimentos em Minas Gerais, o negócio, cujo valor e nome do escritório são mantidos em sigilo faz parte da estratégia de crescimento do SWM no estado.

Segundo Thiago Fujiwara, CEO da SWM, Minas Gerais representa hoje 25% do total de ativos sob custódia na empresa, o que corresponde a R$ 1,575 bilhão de um total de R$ 6,3 bilhões. Minas é um estado estratégico, tanto na área de investimentos quanto na área de crédito”, destaca Fujiwara.

“Minas é o terceiro estado em investidores na bolsa de valores”, reforça Raphael Martins, diretor da empresa em Minas. Segundo Thiago Fujiwara, a operação de compra de uma empresa menor em Minas deve ser concluída no primeiro semestre deste ano.

Logística

Com investimentos de R$ 170 milhões, a Fulwood, uma das empresas do setor de condomínios logístico-industriais do Brasil, inaugurou na quarta-feira o Betim Business Park, com 44 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL).

O projeto do parque de galpões é composto por três fases, que totalizam 112 mil metros quadrados, cuja conclusão está prevista para 2025, com a oportunidade de gerar até 10 mil empregos diretos e indiretos.

Segundo a Fulwood, mais de 20 empresas já demonstraram interesse na locação do Betim Business Park, totalizando aproximadamente 150 mil metros quadrados de ABL. Minas Gerais é o segundo maior mercado da Fulwood, que até 2028 vai investir mais cerca de R$ 800 milhões no estado.

Betim Business Park tem 44 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL)


“O guia que a equipe da Invest Minas produziu sintetiza nosso potencial minerário, políticas públicas e serviços que podemos oferecer aos potenciais investidores, reforça o alinhamento de Minas Gerais com a tendência global de descarbonização, como a matriz energética 99% originada de fontes renováveis”

João Paulo Braga, CEO da Invest Minas

Wella independente

Completando 70 anos de operações no Brasil, a Wella Company, vai inaugurar em 7 de março o novo centro de distribuição em Extrema, no Sul de Minas, que marca a sua independência em relação à francesa Coty no país. Com 12 mil metros quadrados de área, 14 mil posições de pallets e capacidade para 15 milhões de unidades, o CD foi instalado em parceria com a ID Logistic.

“O CD nos consolida como empresa única no país e demonstra a importância do Brasil para a Wella”, afirma Nathalie de Gouveia, presidente da Wella Company Brasil. O país hoje tem hoje o terceiro maior centro de distribuição da marca de produtos para cabelos e unhas da empresa, atrás apenas da Alemanha, país de origem, e dos Estados Unidos.

De acordo com Nathalie, o novo CD permitirá maior agilidade e eficiência na distribuição de produtos para o varejo e também para o segmento profissional (salões de beleza).

No social

Com atuação em Minas Gerais e no Pará, a francesa Sodexo destinou R$ 775 mil para apoiar projetos sociais que impactaram mais de 2,5 mil pessoas. A empresa apoiou 12 organizações sem fins lucrativos nas cidades de Ouro Preto, Catas Altas, Rio Piracicaba, Mariana, Nova Lima e Congonhas (MG), e Parauapebas e Curionópolis (PA), municípios onde atua como fornecedora de empresas de mineração.

Os recursos foram direcionados para projetos locais para promoção da geração de emprego e renda e novos negócios, como oficinas de corte e costura, cursos de confeitaria e promoção de feiras de gastronomia.

FONTE ESTADO DE MINAS

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