Quatro jovens suspeitos, entre eles uma mulher, participam de uma audiência de instrução e julgamento do assassinato de Ronam Alves da Cruz, de 27 anos. Um dos supostos autores encontra-se preso preventivamente no presídio de Lafaiete (MG).
O crime ocorreu por volta das 11:30 horas, do dia 20 de novembro, em uma sexta-feira, na Avenida Telésforo Cândido de Resende, em Lafaiete (MG), quando houve disparos em uma boate, ambiente bastante frequentado por jovens.
Por erro na execução, os autores assumiram o risco de produzir a morte das 4 vítimas que ficaram feridas no local e em meio a milhares de pessoas que estavam na festa.
Consta dos autos do Ministério Público que os 4 denunciados estavam envolvidos em disputa com a vítima Ronan, relativas ao tráfico de drogas empreendido pelo grupo Real de Queluz, liderado por um supeito que se encontra preso.
“Os crimes foram cometidos por motivo torpe, caracterizado pelas disputas decorrentes do tráfico de drogas”, salientou o Promotor de acusação, Ismael Fernando Villas Boas.
O inquérito do MPMG fixou o valor de R$100 mil de indenização aos familiares de Ronan pelos danos morais decorrentes da infração e de R$50 de indenização às vítimas feridos, sendo dois homens e duas mulheres.
No local do incidente, o proprietário da boate encontrou uma arma calibre 9 milímetros e 12 munições intactas, que foram entregues à Polícia Militar
No vídeo que circulou à época, houve uma tremenda correria e pânico aos frequentadores após a execução. Procurado o advogado dos acusados Y.G.G e S.M.S.S, Dr. Rôney Neto não quis se pronunciar em razão de estratégia da defesa! A audiência pode levar a um júri popular.
Outra morte
Outra morte ocorreu à época na Avenida. 15 antes da morte de Ronam na boate, o jornalista Diego Augusto Gomes Barbosa, 38 anos, especializado marketing digital, estava em um bar, na Avenida Telésforo Resende, quando foi atacado sem mais nem menos por um indivíduo que lhe acertou dois tiros. Socorrido por pessoas que se encontravam no local e pelo Corpo de Bombeiros, chegou sem vida ao Hospital e Maternidade São José. Em ação rápida, a Polícia Militar prendeu o autor, que mais tarde confessou que estava sob efeitos de drogas, confundiu o Diego com um desafeto e efetuou os disparos