O velório de duas das sete vítimas do capotamento de um ônibus na madrugada da última quarta-feira (17), na MGC-120, entre São Pedro do Suaçuí e São João Evangelista, precisou ser adiado após os corpos das duas mulheres serem trocados. A funerária responsável pelo processo afirma que o erro não foi dela.
A família de Maria Arlete dos Santos aguardava a chegada do corpo em Santa Maria do Suaçuí para a realização do velório. Porém, quando o caixão chegou na cidade, eles perceberam que o corpo era, na verdade, de Aparecida Maria Pires, natural de Belo Horizonte. O corpo de Aparecida ainda estava sendo transportando para a capital mineira, mas o processo foi interrompido e o caixão nem chegou ao Cemitério da Saudade, onde os familiares aguardavam para iniciar o velório na manhã desta quinta (18).
A funerária afirma que houve um erro no reconhecimento do corpo por parte do Instituto Médico-Legal (IML) de Guanhães, mas a família de Aparecida alega que o corpo foi reconhecido corretamente por familiares dela que moram na região. Por conta disso, a funerária informou que a família deveria pagar um valor extra para que o corpo ‘errado’ voltasse para a cidade e o correto fosse transportado para Belo Horizonte.
A família decidiu contratar uma outra funerária para fazer o trabalho e, com isso, o custo total já passa dos R$ 6 mil. Agora, eles temem não poder velar o corpo de Aparecida, o que aborrece e entristece as parentes da vítima.
‘Como explicar para as familiares da minha tia que elas não poderão se despedir dela? Para elas, isso é algo muito importante. A gente não quer saber de quem é a culpa agora, só queremos poder sepultar a Aparecida’, disse o advogado Pedro Henrique Vieira, sobrinho de Aparecida, em entrevista com à Itatiaia.
A Itatiaia entrou em contato com o Instituto Médico-Legal (IML) e aguarda retorno. O espaço segue aberto.