Em uma reunião com a Contraf-CUT, a direção da Caixa Econômica Federal confirmou o encerramento de 128 agências de atendimento presencial, que geram apreensão entre os funcionários e levou a questionamentos durante a Campanha Nacional dos Bancários. A reunião trouxe esclarecimentos e respostas às reivindicações dos representantes dos empregados.
Dessa forma, durante a reunião, a direção da Caixa assegurou que não haverá perda de função ou remuneração para os empregados das agências fechadas. Os funcionários serão redistribuídos para agências digitais ou unidades próximas, minimizando deslocamentos.
Assim, funções específicas como caixa, tesoureiro, avaliador de penhor e gerente PJ, serão realocadas em agências próximas.
Escolha para os trabalhadores
A possibilidade de escolha para os empregados que preferirem permanecer no atendimento presencial também foi garantida, visando adaptar-se às preferências individuais. No entanto, detalhes sobre a localização das novas agências digitais e o formato de trabalho ainda não foram divulgados, o que preocupa os representantes dos empregados.
Vivian Sá, diretora da Apcef/SP, destacou que as atuais agências digitais enfrentam problemas estruturais e de métricas de desempenho. “Há agências em locais insalubres e reclamações quanto à mensuração de trabalho. Cobramos soluções para evitar agravamento dessas situações”, afirmou Vivian.
Rafael de Castro, coordenador da mesa de negociação, enfatizou a importância da presença física da Caixa na sociedade e a necessidade de investir em tecnologia. “Migrar para o digital não garante competir com outros bancos. É preciso focar no atendimento social, nosso carro-chefe, para atrair clientes”, disse.
Participação sindical
Os representantes dos empregados pediram que o debate continue em mesa de condições de trabalho, com participação sindical. “A lista das agências fechadas não foi divulgada, mas a Caixa se comprometeu a informar superintendentes, gerentes gerais e clientes de todas as formas possíveis”, explicou Vivian de Sá.
Equipes multidisciplinares serão criadas para apoiar os empregados durante essa transição. Sérgio Takemoto, representante da Fenae, ressaltou a necessidade de uma postura proativa da Caixa. “O fechamento de unidades é traumático. A Caixa é essencial para a sociedade e defendemos que os trabalhadores não sejam prejudicados”, concluiu Vivian.
FONTE COLUNA FINANCEIRA