Pela primeira vez na história, Congonhas, a Capital da Fé, receberá a imagem de Nossa Senhora Aparecida deixará o Santuário em Aparecida do Norte. Este momento especial ocorrerá durante o Jubileu do Bom Jesus, que será realizado em nossa basílica de 7 a 14 de setembro de 2024. É um privilégio único receber a santa imagem em nossa celebração.
Pela primeira vez deixará a Basílica de Aparecida do Norte. Este ano, entre 7 a 14 de setembro, celebra-se a 243ª edição do Jubileu, um evento que reúne milhares de fiéis em um grandioso movimento de adoração, amor e gratidão ao nosso Senhor Jesus Cristo pelas graças recebidas.
Para a comunidade local, o Jubileu do Senhor Bom Jesus, representa o marco da fé do Congonhense. Espera-se pelo jubileu durante todo o ano. Na dimensão religiosa, é o período em que se celebra a principal festa de toda a região, para os devotos do Bom Jesus é o período de visitação à Basílica como expressão vida da fé dos seus antepassados uma vez que a anos gerações vem todos os anos ao Jubileu. Para os devotos, faz-se necessário viver os cinco passos para se viver bem o jubileu:
1 – Tomar a fila que conduz o devoto até a imagem venerada a mais de 200 anos na basílica.
2- Rezar no interior da basílica e passar diante da imagem para o rito do beijo, à imagem do Bom Jesus.
3 – Ir à sala dos milagres e deixar sua oferta ou o voto feito em agradecimento pela graça alcançada.
4 – Fazer a sua confissão buscando o perdão dos pecados pelo Sacramento da Confissão.
5 – Participar da missa e fazer sua comunhão.
Na dimensão cultural, o jubileu é um tempo de confraternização e reencontro dos congonhenses que residem em outras cidades do Brasil, e momento de reencontro de muitos devotos que vem participar da festa. As ruas próximas à basílica se tornam espaço de um grande mercado de artesanato, flores, objetos de devoção popular e produtos importados. Período em que muitos visitantes aproveitam para conhecer o acervo da Basílica tombado pela UNESCO.
PÚBLICO
O público que frequenta o jubileu é muito diversificado. Desde crianças trazidas pelos pais no desejo de transmitir a devoção ao Bom Jesus, jovens, famílias inteiras e mesmo os idosos vem a Congonhas neste período.
No ano 2022 em que estávamos saindo da pandemia da covid, o número de visitantes foi de aproximadamente 70.000.
Já no ano de 2023 recebemos na basílica 130.000 visitantes segundo estatística da Prefeitura. Foram cadastrados 187 grupos de romarias que vieram em sua maioria das cidades da região central do estado, da zona da mata, Campo das Vertentes e de cidades dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
HISTÓRICO DA BASÍLICA
O Santuário Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, no município de Congonhas – Minas Gerais, pertencente a Arquidiocese de Mariana, está aproximadamente a 78 km da capital mineira, Belo Horizonte. O templo foi construído no morro denominado de Alto Maranhão, à margem esquerda do rio com mesmo nome em 1757. Em data ainda incerta, a capela do Bom Jesus foi elevada a dignidade de Santuário Diocesano. O Papa Pio XII, em 1957, concedeu o título de Basílica Menor com a Bula Pietatis Artisque Monumento (Monumento de Piedade e de Arte). O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido como patrimônio Cultural da Humanidade em 1985. Sem dúvida, o Santuário é um patrimônio, sobretudo de fé para os mineiros e católicos que aqui recorrem. Sabiamente o Papa Pio XII caracterizou este local um “monumento da piedade”, antes de ser um “monumento da arte”. O Servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida, que foi Arcebispo da Arquidiocese de Mariana (1988 a 2006), já dizia que “antes de ser um monumento da arte, o Santuário é um monumento da fé”. Trata-se de uma das marcas indeléveis deste lugar: a piedade cristã.
O início de tudo se deu a partir de fevereiro de 1757 com o cumprimento de uma promessa feita por Feliciano Mendes. Este era português que, e como muitos outros, veio em busca do ouro abundante nas terras mineiras. Encontrando-se enfermo, aparentemente incurável, suplica ao Bom Jesus a graça da cura. Após alcança-la ergueu um cruzeiro e junto dele uma capela. O povo simples e cristão ouvindo falar da cura de Feliciano veio ao local elevar preces ao Bom Jesus rodeando o símbolo da redenção com penhores de amor e de confiança, em número sempre crescente. Vendo então aumentar cada vez mais o número de fiéis, desejou levantar logo uma ermida, onde se pusesse a Imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, e aí se celebrasse Missa com a devida decência. O número de devotos que para a montanha santa se dirigiam crescia a cada dia. Obteve a licença para a construção da capela de Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo da recém criada Diocese de Mariana. Por provisão de 21 de junho de 1757, recebeu autorização para tal fim. Entre as exigências que fizeram, figurava o compromisso do devoto construir dentro de três anos, por meio de esmolas, condigna igreja a fim de seguramente poder acolher o culto Divino. Tão logo recebeu a licença, iniciaram as obras da construção da ermida que foi concluída em fins 1759. Para a inauguração da capela, deveria fazer uma solene “procissão saindo da igreja matriz na primeira oitava do Natal deste presente ano [1759] celebrando-se a primeira missa cantada com sermão e mesmo senhor exposto”. Em 01 de janeiro de 1760, na primeira oitava de natal, com toda solenidade possível, foi dada a primeira bênção na capela do Senhor Bom Jesus. O músico que tocou na “festa de colocação do senhor” foi Antônio do Carmo, de São João Del Rei, e o padre Francisco da Costa presidiu a cerimônia. A capela logo ficou pequena para o número de devotos que subiam a colina sagrada. Feliciano Mendes inicia a construção do novo templo que vemos hoje. A nave central foi benta a 02 de março de 1770, a aí se foi celebrando, enquanto se continuava a construção da Capela Mor, cuja benção teve lugar em 24 de maio de 1775.
Feliciano Mendes precisava esmolar para angariar fundos para a construção da capela. A pessoa que se dedicava a essa função era chamada de ermitão. Para estas práticas, precisava da autorização do Rei e do Bispo. Assim, requereu ao rei Dom José I permissão para ser esmolar sendo atendido em 06 de outubro de 1757. Além da autorização régia, obteve do primeiro Bispo de Mariana autorização necessária para fazer o peditório em todo o extenso bispado de Mariana. Comprou um menino de nome Sebastião para ajudá-lo na propagação da devoção ao Bom Jesus de Matosinhos, além de o acompanhar nas viagens para esmolar. Munido das permissões em questão, tomou hábito e o bordão, pendurou um oratório de viagem no pescoço e saiu a pedir com tal fervor que bem depressa alcançou fundos suficientes para os gastos com a edificação da capela.
Assim, de uma promessa feita por Feliciano Mendes, ergueu-se nesta colina sagrada a capela dedicada ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos e, a partir de 1780, a realização do tradicional Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas.
Programação completa: https://basilicadobomjesus.com.br/jubileu/