A escultura foi resgatada pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural (CPPC)
A imagem de Nossa Senhora do Carmo, do século XVIII, furtada de uma igreja em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, há cerca de 30 anos foi recuperada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e será devolvida à comunidade sabarense no próximo dia 17 de setembro. A informação foi divulgada pelo órgão nesta terça-feira (10 de setembro)
A escultura foi resgatada pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural (CPPC) do MPMG após uma denúncia, recebida via sistema Sondar, identificar o anúncio de venda da imagem em um site de uma casa de leilões na cidade de Campinas, interior de São Paulo. A partir das informações, o Ministério Público instaurou um procedimento investigatório para apurar a denúncia e adotar as providências necessárias para o resgate do bem cultural.
Laudo do órgão apontou que no site de leilões a imagem foi descrita como oriunda de Minas Gerais e atribuída ao artista Vieira Servas. No entanto, para se concluir acerca da autoria do crime serão necessárias novas investigações.
Segundo o MPMG, após a confirmação técnica da autenticidade da escultura, a comunidade de Sabará foi comunicada e os fiéis aguardam com grande alegria o retorno à igreja da imagem de Nossa Senhora do Carmo, subtraída há quase 30 anos.
De acordo com o Promotor de Justiça, Marcelo Azevedo Maffra, o combate às subtrações e ao comércio ilegal de bens culturais é uma das principais linhas de atuação do MPMG. “Temos desenvolvido novas ferramentas de repressão aos crimes contra o patrimônio cultural, que permitam mais efetividade no trabalho de identificação dos criminosos e no resgate das obras de arte e antiguidades que foram indevidamente retiradas dos seus locais de origem”, afirmou.
Furto
A peça sacra foi furtada no dia 10 de janeiro de 1995 e o registro da ocorrência foi realizado em 12 de janeiro de 1995.
Pertencente ao acervo da Igreja da Ordem 3ª do Carmo, a imagem é do século XVIII, de madeira esculpida, policromada e mede 38 cm de altura, 14cm de largura e 11cm de profundidade. O templo religioso e o acervo sacro possuem tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938.
FONTE O TEMPO