Subiu para 41 o número de mortos no grave acidente entre um ônibus, uma carreta e um carro na BR-116, no interior de Minas Gerais – 12 corpos já foram identificados, e dois liberados para as respectivas famílias na Bahia e em São Paulo. Segundo a investigação, o motorista do caminhão estava com a habilitação suspensa há dois anos. Ele é considerado foragido.
“A suspensão do direito de dirigir do motorista do caminhão provavelmente é oriunda de uma apreensão da carteira de habilitação dele, em Mantena, numa blitz da Lei Seca feita pela Polícia Militar de Minas Gerais em 2022. Ele se negou a fazer o teste do etilômetro, e a PM tomou todas as medidas à época, o que provavelmente resultou nessa suspensão do direito de dirigir”, disse o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da PM-MG. O motorista do caminhão, que não teve nome e foto divulgados, possivelmente também levava uma carga acima do limite.
💬 “Pela própria nota fiscal, é possível, de maneira preliminar, verificar que houve excesso de peso no transporte dessa pedra (granito). Ou seja, aí já haveria um indicativo, porque estamos numa fase preliminar, de responsabilidade por parte do condutor da carreta. A Polícia Civil também já tomou outras providências junto ao Poder Judiciário para que haja expedição de um possível mandado de prisão, mas, para evitar tudo isso, ele tem a opção de se entregar. Isso ocorrendo, facilita o nosso trabalho investigativo”, disse Saulo Castro, delegado da Polícia Civil.
O acidente aconteceu na madrugada deste sábado (21), na altura do Km 285 da BR-116, em Lajinha, município de Teófilo Otoni. Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia momentos depois do acidente mostram os veículos em chamas.
A Polícia Rodoviária Federal informou que o ônibus de passageiros pegou fogo depois da colisão. Segundo a PRF, é o pior acidente em estrada federal. Até então, o mais grave havia ocorrido na Bahia, em janeiro, com 23 mortos.