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Com aporte de recursos do Funemp, programa Cinema Sem Fronteiras é anunciado na Mostra de Tiradentes

Programa gerido em parceria pelas cidades de Belo Horizonte, Tiradentes e Ouro Preto receberá R$ 6 milhões para execução de calendário permanente de festivais audiovisuais; iniciativa visa fortalecer cadeia produtiva e políticas públicas do setor

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participou, na última sexta-feira, 24 de janeiro, do anúncio do programa Cinema Sem Fronteiras, uma articulação entre as prefeituras de Belo Horizonte, Tiradentes e Ouro Preto para valorização da diversidade cultural brasileira via fomento à cadeia produtiva do cinema. O lançamento da iniciativa aconteceu durante a abertura da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Com recursos do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), a parceria prevê investimento de R$ 6 milhões, com duração de 18 meses, para realização da Mostra de Cinema de Tiradentes, Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH) e o Brasil CineMundi – Encontro Internacional de Coprodução. Os eventos preveem ações de formação técnica, intercâmbio, cooperação, rodadas de negócios, debates e exibição de filmes. O foco está no apoio à consolidação da indústria cinematográfica brasileira, na diversidade de olhares sobre o Brasil, no reconhecimento de novas cadeias produtivas regionais, na discussão de novas políticas públicas e na formação de público para diferentes propostas estéticas.

A Secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras, destacou que o apoio do Funemp possibilitará a expansão do Cinema Sem Fronteiras. “Este é um Programa de audiovisual internacional de vanguarda nascido em Belo Horizonte que exibe e discute a produção contemporânea do cinema brasileiro, sua história, patrimônio, linguagens, estéticas. Ele posiciona Belo Horizonte e Minas Gerais como um dos polos estratégicos no cenário do audiovisual brasileiro e internacional”, avaliou. O recurso será repassado do MPMG para o programa BH Nas Telas, da Prefeitura de Belo Horizonte, que será responsável por articular a execução em conjunto com o Instituto Universo Cultural, organização responsável pela gestão dos festivais.

O Procurador-Geral de Justiça Adjunto Institucional do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Hugo de Barros e Moura, reforçou a relevância da parceria por representar uma entrega das mais valiosas para a cidade. “O audiovisual é uma indústria de grande importância para a economia brasileira e tem se destacado internacionalmente. Para o MPMG, é motivo de orgulho contribuir com o desenvolvimento e incentivo a esta área, que tem um papel transformador para Belo Horizonte e Minas Gerais”.

Para Raquel Hallak, coordenadora do Cinema sem Fronteiras e uma das fundadoras do Instituto Universo Cultural, a parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais para realização do Cinema sem Fronteiras potencializa o propósito do programa, gerando efeitos multiplicadores nas comunidades em todo o país. “Essa união de esforços é uma ação de vanguarda, um compromisso mútuo em favor da nossa cultura e do exercício da cidadania e exemplo de que responsabilidades compartilhadas colaboraram para a construção de um mundo melhor”, disse.

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Hugo Barros também participou da mesa de abertura do 3º Fórum de Tiradentes, conjunto de discussões abertas ao público sobre desafios do audiovisual brasileiro contemporâneo. A mesa inaugural dos debates contou com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião; da secretária municipal de Cultura de BH, Eliane Parreiras; da deputada federal Benedita da Silva; do teólogo Leonardo Boff; e da mediadora Tatiana Carvalho Costa, coordenadora executiva do Fórum. Com uma plateia qualificada e diversa, os participantes refletiram sobre as transformações tecnológicas e os desafios que impactam o setor, além de propor soluções para fortalecer o ecossistema audiovisual no Brasil. A regulação das plataformas de streaming como forma de ampliar a participação de mercado das obras brasileiras foi um dos tópicos centrais.

O Funemp

O procurador de Justiça e coordenador do Funemp Jacson Rafael Campomizzi explicou que o fundo passou por uma ampliação no escopo de sua atuação. “Quando assumimos a presidência do fundo, demos a ele uma dimensão cultural, ambiental e social, porque isso constitui a essência do trabalho do Ministério Público. A proteção ambiental e a diminuição das desigualdades nos leva a financiar ações que possam promover essa defesa de comunidades tradicionais, desses valores e dessas culturas”, explicou.

Na visão de Campomizzi, a execução do Cinema sem Fronteiras contribui para consolidar os objetivos do Funemp. As programações das mostras procuram trazer a diversidade de olhares sobre o Brasil, além de mesclarem produções populares com obras mais densas, sempre problematizando dilemas dos interiores brasileiros. “A cultura é aguerrida, ela exige, ela é guerreira. E por isso lutamos para financiar, para colocar recurso neste projeto”, disse o procurador.

Fotos Leo Lara/Universo Produção

FONTE: MPMG

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