O estabelecimento já havia sido interditado em julho do ano passado e não poderia estar em funcionamento
Uma fábrica clandestina de suplementos nutricionais e esportivos foi fechada durante operação da Polícia Civil (PCMG), em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal, na cidade de Formiga, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Ação aconteceu na última sexta-feira (7 de fevereiro), mas os detalhes foram divulgados nesta terça-feira (11 de fevereiro).
Segundo a PCMG, a investigação teve início após os policiais receberem uma denúncia de que um funcionário da fábrica não havia recebido seus direitos trabalhistas. “A denunciante apresentou um vídeo que mostrava funcionários manuseando matérias-primas e caixas sem qualquer controle de higiene. Diante dessas informações, acionamos a Vigilância Sanitária Municipal, que confirmou que a fábrica já havia sido interditada em julho do ano passado e não poderia estar em funcionamento”, explicou o delegado Emmanuel Robson Gomes.
No local, os policiais constataram que o estabelecimento não possuía registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação de suplementos alimentares. Foram encontradas ainda embalagens com informações enganosas que poderiam induzir o consumidor a erro, além de produtos com validade expirada.
A PCMG apreendeu etiquetas, matéria-prima, rótulos de diversas marcas, maquinários e ingredientes utilizados na fabricação dos produtos, além de diversas notas de pedidos de clientes, indicando que a empresa comercializava os produtos para estabelecimentos em Minas Gerais e outros estados, operando por meio de um site e perfis em redes sociais.
Os proprietários da empresa foram identificados, mas não estavam no local no momento da operação. Quatro funcionários do setor administrativo foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Eles não souberam fornecer informações detalhadas sobre o funcionamento da fábrica.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos, apurar os crimes contra a saúde pública e possível lavagem de dinheiro.
FONTE: O TEMPO