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Família vai a justiça por reparação em morte trágica de idosa na BR 040 em van terceirizada da prefeitura de Lafaiete (MG)

A memória o acidente trágico que matou a lafaietense, Iza de Souza Gomes, de 62 anos, ainda não saiu dos corações e da memória da sua família. Na manhã do dia 21 de junho do ano passado, ela e outros pacientes, iam para Belo Horizonte para realização de consultas e tratamentos variados de saúde. Iza estava acometida com câncer de pele e iria naquele dia buscar exames para a realização no dia seguinte de uma cirurgia.
A idoso e mais outros lafaietenses estavam em van terceirizada, contratada pela prefeitura, quando no km 577, em Itabirito (MG), quando o carro se envolveu em um acidente na BR 040 com um SUV. Três pessoas morreram e outras 5 feridas. Uma das vítimas foi uma criança de 2 anos, de Lafaiete, que ia, com sua avó em tratamento. A outra morte foi do motorista do carro. O motorista da Van foi encaminhado ao João XXIII. O helicóptero foi acionado acidente.

Uma das vítimas fatais foi Iza de Souza, que foi transferida para o Hospital Bom Jesus em Congonhas. Segundo familiares, ainda no mesmo dia do acidente, ela sentia fortes dores abdominais. Ao passar por exames de tomografia, ficou constatada hemorragia e fraturando diversas partes do corpo. No sábado (22), ela veio ao falecimento, sendo sepultada no dia 23, em Lafaiete.

Contam os familiares que ela foi levada ao IML. Antes do sepultamento, após um entrevero com a prefeitura municipal, conseguiram, após muita discussão, que o caixão e do velório fossem custeados pelo poder público.

Laudo da PRF

O laudo de acidente de trânsito, confeccionado pela Polícia Rodoviária Federal, cita que no momento da colisão, com base na análise dos vestígios materiais identificados, constatou-se o que o carro ocupou a faixa contrária e condutor da van de Lafaiete tentou desviar, mas ocorreu a colisão.
No impacto, a van tombou e uma criança foi projetada para fora do veículo e ficou imobilizada (morta) na pista. Concluiu-se, então, que o fator determinante do acidente foi a ocupação da faixa de sentido contrário, ação essa realizada pelo carro. O condutor e cinco passageiros da van foram socorridos pelo resgate da concessionária da rodovia e transportados do local para o HPS João XXIII.

Pelo laudo da PRF, o motorista da van não possuía o Curso Especializado de Transporte Coletivo de Passageiros (CETCP), conforme consulta ao RENACH. Além disso, o disco diagrama do cronotacógrafo do veículo estava vencido e, em razão destes fatos, foram adotados os procedimentos administrativos cabíveis. A ocorrência foi informada à Polícia Civil.

Revolta

Nossa reportagem foi procurada pela família de Iza que relatou a demora do laudo pericial da Polícia Civil. “Quase 8 meses ainda não temos o laudo. Se não bastasse a descaso da prefeitura, temos agora esta situação de aguardar todo este tempo a espera deste documento”, disse o lanterneiro, Douglas de Sousa Silva, 37 anos, filho da Dona Iza. Antes da morte da mãe, ele perdeu o pai e um irmão, em menos de 2 meses.

Resposta e reparação

Após contato da nossa reportagem com a assessoria de imprensa, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o laudo pericial está concluído e a família pode requerer a cópia na Delegacia de Polícia Civil de Itabirito.

Com o documento, a família vai acionar a Justiça por danos e pela reparação pela morte de Dona Iza. “Agora vamos buscar nossos direitos. Nossa mãe poderia estar viva em entre nós. Sofremos com o descaso e constrangimento da prefeitura à época”, assinalou Douglas.

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