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Cruzeiro x Atlético: cinco finais históricas no Mineirão

A reta decisiva do Campeonato Mineiro de 2025 vem chamando atenção tanto do público quanto das novas casas de apostas no Brasil. Afinal, a grande decisão poderá colocar Cruzeiro e Atlético frente a frente e, por isso mesmo, será um confronto em que tudo pode acontecer. Além de enorme tradição de ambos, os dois clubes contam com grandes jogadores no elenco.

Enquanto o Galo tenta se manter no caminho para o hexacampeonato consecutivo, a Raposa sonha em evitar a festa do rival e aumentar seus 38 títulos estaduais. Em meio à rivalidade, grandes jogos, polêmicas e reviravoltas marcam a história desse confronto centenário. A seguir, estão cinco finais que ilustram bem a dimensão e a intensidade do clássico mineiro:

1) 1956 – Quando o título acabou dividido

Em uma época em que o Campeonato Mineiro ainda era disputado em formato extenso, Cruzeiro e Atlético encerraram a competição empatados em pontos. Para definir quem ficaria o caneco, resolveram disputar uma melhor de três partidas. Os dois primeiros duelos terminaram sem vencedores: 1 a 1 na largada e 0 a 0 em seguida, mantendo a tensão no ar. No terceiro confronto, o Galo venceu por 1 a 0, soltando o grito de campeão. Porém, o Cruzeiro entrou com um recurso alegando que o zagueiro Laércio, do Atlético, estaria irregular por questões relacionadas ao serviço militar obrigatório. O impasse virou caso de Justiça Desportiva e se arrastou até 1959, quando a Federação Mineira propôs um novo jogo, mas ambos os clubes não aceitaram. Resultado: título dividido. Esse episódio continua sendo o único na história do Estadual em que dois times dividem oficialmente a mesma taça.

2) 2000 – Equilíbrio do início ao fim

Em 2000, os rivais voltaram a se encontrar na final com elencos bem estruturados e uma dose considerável de rivalidade. O Atlético largou na frente no primeiro jogo, vencendo por 2 a 1. Marques e Guilherme balançaram as redes, enquanto Geovanni diminuiu para o Cruzeiro. No segundo confronto, a Raposa tentava igualar o placar agregado, mas parou em um 1 a 1 persistente. Ramón Menezes abriu o marcador para o Galo, e Fábio Júnior empatou para o time celeste. O desfecho de 3 a 2 no somatório rendeu o troféu ao Atlético, que celebrava mais um capítulo vitorioso na longa história contra o rival.

3) 2007 – A goleada e o “gol de costas”

A final de 2007 teve um sabor todo especial para o Atlético, mas deixou um gosto amargo para o Cruzeiro. Na partida de ida, disputada em 29 de abril, o Galo aplicou um sonoro 4 a 0: Marcinho, Danilinho, Éder Luís e Vanderlei marcaram, com direito a um lance que virou folclore. O goleiro Fábio, aparentemente desatento, andava de costas depois do reinício da partida e não viu a finalização surpreendente que partiu de longa distância, ocasionando o chamado “gol de costas”. A cena correu as redes sociais (ainda em fase inicial naquele período), abasteceu as rodinhas de conversa e virou motivo de piada entre os atleticanos. No jogo de volta, o Cruzeiro até reagiu com uma vitória por 2 a 0, mas não foi suficiente para tirar o título das mãos do Galo, que dominou o placar agregado.

4) 2011 – A virada celeste

Em 2011, o script do primeiro jogo parecia favorecer o Atlético: vitória por 2 a 1, impulsionada pelos gols de Mancini e Patric. Só que o Cruzeiro manteve-se firme, com Wallyson descontando para manter a esperança viva. No segundo confronto, disputado em 15 de maio, a Raposa entrou sedenta por reverter a situação e conseguiu um 2 a 0 determinante, graças aos gols de Wallyson e Gilberto. O placar agregado de 3 a 2 devolveu a taça ao clube azul, arrancando gritos enlouquecidos dos cruzeirenses e provando que, nesse clássico, qualquer vantagem pode mudar de mãos em questão de 90 minutos.

5) 2014 – Dois empates, um campeão invicto

Em 2014, os arquirrivais protagonizaram uma final totalmente travada, sem gols nos dois jogos. Se não surgiram jogadas de efeito para o público vibrar, sobrou tensão a cada disputa de bola. O placar de 0 a 0 tanto na ida quanto na volta classificou o Cruzeiro ao título pelo critério de melhor campanha na etapa anterior do campeonato. Além de garantir uma faixa estadual sem sofrer derrotas, o time celeste engatou a conquista do Campeonato Brasileiro na mesma temporada, elevando ainda mais sua moral.

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