A recente decisão de anular uma prova de concurso público tem gerado revolta entre os candidatos que participaram do processo seletivo de forma regular. A medida foi tomada após o Ministério Público acatar a solicitação de uma candidata que, apesar de não ter recebido o atendimento especial ao qual teria direito, optou por realizar a prova mesmo assim. O problema é que a contestação, só foi acatada após a divulgação do resultado, quase no momento da classificação final e homologação do certame, muitos candidatos já estavam com suas aprovações “certas” e agora veem tudo desabar.
Para muitos candidatos, a decisão soa como uma afronta à isonomia do concurso. Centenas de pessoas se prepararam durante meses, sacrificando tempo, dinheiro e saúde mental, e agora veem todo esse esforço sendo descartado por um erro pontual da banca com essa candidata.
“Se o erro era grave a ponto de invalidar a prova, por que ela fez a prova até o fim? Por que não recorreu imediatamente?”, questionam indignados diversos participantes nas redes sociais. Para eles, a anulação representa uma injustiça, punindo a maioria que foi prejudicada por uma exceção — e, ainda por cima, uma exceção que aceitou as condições no momento da prova.

Muitos defendem que o correto seria uma solução pontual, como a reaplicação da prova apenas para quem foi prejudicado, e não a anulação geral. A decisão reacende um debate antigo sobre a falta de preparo e responsabilidade de algumas bancas organizadoras e a insegurança jurídica que ronda concursos públicos no Brasil.
A esperança agora é que os órgãos competentes reconsiderem a medida e busquem uma alternativa mais justa, que respeite o esforço da maioria sem ignorar os direitos de quem precisa de atendimento especial.
( texto enviado por candidatos)