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Uma em cada esquina! Farmácias se multiplicam no Brasil e movimentam mais de R$ 220 bilhões ao ano

Com mais de 90 mil farmácias abertas e R$ 220 bilhões em faturamento, o setor farmacêutico no Brasil virou campo de guerra entre gigantes, redes independentes e até supermercados

Provavelmente já se perguntou por que existem tantas farmácias lado a lado em praticamente toda cidade brasileira. A sensação de estar cercado por Drogazil, Droga Raia, Pague Menos e Drogaria São Paulo não é um devaneio: em 2024, foram abertas 22 novas farmácias por dia no Brasil. Isso mesmo. Em plena era digital, o varejo farmacêutico está mais físico do que nunca, e mais competitivo também.

O setor de farmácias movimentou impressionantes R$ 220,9 bilhões no último ano, alcançando um crescimento de 12,7% em relação a 2023. Mas nem todos estão ganhando. Grandes redes como Drogazil e Raia abocanham sozinhas quase 50% do mercado, enquanto as farmácias independentes lutam para sobreviver com apenas 17% de participação. O detalhe? Das 7.938 farmácias que fecharam as portas recentemente, 87% eram pequenas, sem estrutura para competir com os gigantes.

Por que esse crescimento descomunal de farmácias?

Começa com o fator demográfico: o Brasil tem hoje mais de 32 milhões de idosos e, até 2050, esse número deve dobrar. Com isso, cresce também o consumo de medicamentos — inclusive entre os mais jovens, em função da explosão de diagnósticos de saúde mental e da automedicação facilitada pela telemedicina.

As farmácias deixaram de vender só remédios. Elas evoluíram para verdadeiros centros de conveniência: cosméticos, vitaminas, sucos, água, snacks e até brinquedos ocupam as gôndolas. Um levantamento do setor mostra que hoje mais da metade da receita de muitas redes vem de produtos que nem sequer exigem receita.

Legislação favorável, estratégia agressiva

Por que tem farmácia em cada esquina no Brasil? | Curioso Explica

A Lei 13.021/2014 foi um divisor de águas: as farmácias passaram a ser oficialmente reconhecidas como unidades de saúde, podendo oferecer vacinação, testes rápidos e outros serviços de assistência. Isso ajudou a alavancar os lucros, mas acirrou ainda mais a concorrência.

Grandes redes começaram a abrir lojas estrategicamente próximas a concorrentes para absorver seu público, uma prática de mercado conhecida como “canibalização predatória”.

E o futuro? Pode mudar, e muito

Enquanto nos EUA grandes redes como CVS estão fechando lojas físicas por conta do avanço dos apps e dos e-commerces, no Brasil o movimento ainda é o oposto. Aqui, as redes estão apostando na digitalização, mas também dobrando a aposta na presença física. A RD Saúde, dona da Drogasil e Raia, por exemplo, criou até sua própria empresa de mídia digital para lucrar com anúncios dentro das farmácias.

Existe uma nova ameaça pairando sobre o setor: os supermercados. O governo avalia permitir a volta da venda de medicamentos de venda livre (os chamados MIPs ou OTCs) nos mercados, algo que já foi permitido no passado, mas vetado por questões regulatórias. Se essa liberação ocorrer, o jogo pode mudar novamente. E não necessariamente a favor das farmácias.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GAS

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