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Mineiro dom Raymundo Damasceno diz não ter chance de ser escolhido papa

O arcebispo emérito de Aparecida (SP), o mineiro dom Raymundo Damasceno, de 88 anos, natural de Capela Nova, seguirá na próxima quinta-feira (24/4) para Roma, na Itália, onde estará presente às cerimônias de exéquias do papa Francisco, falecido nesta segunda (21/4). No Vaticano, ele vai participar das reuniões do Colégio dos Cardeais, que discutirá assuntos inadiáveis da Igreja até a escolha no novo líder de 1,4 bilhão de católicos, bem como esperar o resultado do Conclave e “cumprimentar o novo sumo pontífice”, conforme disse nesta tarde ao Estado de Minas.

Por ter 88 anos, dom Damasceno não poderá escolher o futuro papa, pois os cardeais eleitores devem ter menos de 80 anos até o momento da abertura Conclave. Mas pode ser eleito, o que considera praticamente impossível. “Sou um cardeal emérito. Geralmente, o escolhido está no Conclave”, informa o mineiro de Capela Nova, na Região Central. Antes da reunião dos cardeais eleitores, 80% dos atuais escolhidos pessoalmente pelo papa, ele estará nas chamadas “congregações gerais”, que discutem questões administrativas e definem a data da eleição.

Embora não fosse amigo particular de Francisco, dom Raymundo Damasceno admirava o sumo pontífice, especialmente pelo seu jeito simples de viver o pontificado. Demonstrou isso logo no início, ao preferir morar na Casa Santa Marta em vez de ir para o Palácio Apostólico. Também pegava ônibus, e foi numa dessas “viagens”, em março de 2013, entre a Casa Santa Marta e a Capela Sistina, que se sentou ao lado de dom Damasceno. Estava indo para sua primeira missa como sumo pontífice e pegou ir de carona, em vez de ocupar o carro oficial.

“Foi nessa oportunidade que o convidei para vir a Aparecida (SP), onde ele havia estado em 2007, durante a visita do papa Bento XVI. Ele retornou durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013”, explicou Dom Damasceno. Para o cardeal brasileiro, o papa Francisco levou adiante sua missão: o Evangelho. E manteve sempre o diálogo em todos os sentidos.

Brasileiros

Os cardeais brasileiros que podem ser o futuro chefe da Igreja Católica são: dom Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador (BA), de 65 anos, dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre (RS), de 64, dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo (SP), de 75, dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, de 74, dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF), de 57, dom João Braz de Aviz arcebispo emérito de Brasília (DF), de77, e dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus (AM), de 74.

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