A psicóloga Juliana Alves Prado tinha 27 anos; ela e o marido estavam no balão que caiu na área rural de Capela do Alto, no interior de São Paulo
Juliana Alves Prado, de 27 anos, é a mineira que morreu na queda de balão na área rural de Capela do Alto, no interior de São Paulo, na manhã desse domingo (16/6). Juliana é natural de Pouso Alegre e estava no passeio com o marido Leandro Pereira, que ficou ferido no acidente. O casal foi até o interior de São Paulo para comemorar o Dia dos Namorados. Juliana e Leandro se casaram em setembro de 2024.
A mulher era psicóloga e funcionária da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí. O órgão publicou uma nota de pesar lamentando a morte da psicóloga nas redes sociais. Juliana também trabalhava como psicóloga online. Por causa das suspeitas de que Juliana estava grávida, a polícia solicitou exames para confirmar a gestação.
Além de Juliana, outras 34 pessoas estavam dentro do balão na hora do acidente, incluindo o piloto e um auxiliar. O grupo que fazia o passeio de balão integrava uma excursão de Pouso Alegre e incluía parentes de um homem que pretendia pedir a namorada em casamento.
Durante o voo, o piloto realizou tentativas mal sucedidas de pouso em áreas inadequadas, o que resultou no acidente na Estrada Municipal Vereador Geraldo Portela, em Capela do Alto, interior de São Paulo, na manhã desse domingo (15/6).
No fim de semana, a cidade de Boituva, de onde o balão saiu, sediou a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas os voos tiveram que ser cancelados na manhã de domingo (15/6) por causa da velocidade dos ventos, que chegou a 70 quilômetros por hora, sendo que o máximo recomendado para a prática é de 10 km/h.
Em nota, a prefeitura de Boituva lamentou o acidente e informou que o balão foi operado por piloto sem licença e de uma empresa irregular. “É importante esclarecer que a empresa responsável já havia sido lacrada anteriormente por irregularidades e, em seguida, retornou às atividades sob outro CNPJ, em completo desrespeito às normas de segurança”.
Segundo o boletim de ocorrência, o piloto permanece preso em Tatuí, indiciado por homicídio culposo agravado pelo exercício irregular de atividade de risco e por operar equipamento aéreo sem certificação adequada.
A Guarda Civil Municipal prestou os primeiros socorros no local. Ao menos três pessoas foram socorridas e encaminhadas para hospitais da região. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.
Em nota, a Polícia Civil de São Paulo informou que investiga a queda do balão. O caso foi registrado pelo plantão da Delegacia de Tatuí, que determinou a prisão em flagrante do piloto. O Instituto de Criminalística (IC) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foram acionados para apurar as causas do acidente, que está sendo investigado como homicídio culposo.
Na manhã desta segunda-feira (16/6), a Secretaria Municipal de Segurança e a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos de Boituva fazem uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, representantes da Associação de Balonistas e o departamento de fiscalização municipal, para definir medidas administrativas imediatas, incluindo nova lacração da empresa, se for o caso.
“Ressalta-se que o responsável legal (reincidente) pela empresa proprietária da aeronave ainda não se apresentou à polícia. Por fim, a atividade do balonismo exige competência técnica, estrita obediência à legalidade e aos regulamentos, sendo também importante vetor de desenvolvimento econômico local, gerador de empregos e atração de turistas. Embora este episódio não esteja vinculado aos eventos oficiais de balonismo de Boituva, o município e a Confederação Brasileira de Balonismo permanecem à disposição para prestar todo apoio necessário às famílias afetadas”, divulgou o órgão. Veja a nota na íntegra:
(Com informações da FolhaPress)