SUV médio veterano da Hyundai chega ao fim da linha com desconto de até R$ 15 mil e preço abaixo do Creta.
O Hyundai Tucson está dando adeus ao mercado brasileiro, mas antes de sair de cena, entrega um presente para quem busca um SUV médio com bom espaço e motor turbo.
Com a produção encerrada em abril de 2024, restam nas concessionárias apenas as últimas unidades do modelo, que agora podem ser compradas por um valor inferior ao do Creta N Line, versão esportiva do SUV compacto da mesma marca.
A diferença de posicionamento é grande. Um carro que já foi símbolo de modernidade agora vive seus últimos dias à sombra de um irmão mais novo.
Mas, para quem busca um veículo mais espaçoso, confortável e com bom desempenho, essa pode ser uma rara oportunidade de fazer um bom negócio.
Fim da produção e descontos generosos
O fim do Hyundai Tucson tem ligação direta com a nova fase do mercado automotivo brasileiro. Com a chegada das regras mais rígidas do Proconve L8, o modelo deixou de atender aos requisitos de emissões.
Como resultado, a produção nacional em parceria com a CAOA foi encerrada, deixando apenas o estoque das unidades já fabricadas.
Essas últimas unidades são da versão Limited 2025. Mesmo sem novidades em tecnologia, elas trazem vantagens que ainda agradam muitos consumidores, principalmente em termos de espaço interno e acabamento.
O preço de tabela do modelo é de R$ 199.490, mas pode cair para R$ 184.490 se o cliente usar um carro seminovo na troca.
Esse valor é menor que os R$ 188.720 pedidos pela Hyundai no Creta N Line, uma versão mais voltada ao visual esportivo, porém compacta. Ou seja, por menos dinheiro, o cliente pode levar um carro maior e com motor mais potente.
Mais carro por menos
O Tucson oferece espaço interno superior. São 4,47 metros de comprimento, 2,67 metros de entre-eixos e 513 litros de porta-malas.
No Creta, o entre-eixos é de 2,61 metros e o porta-malas leva 422 litros. A diferença pode parecer pequena no papel, mas no uso diário ela se traduz em mais conforto no banco traseiro e mais espaço para bagagens.
Além disso, o acabamento interno do Tucson surpreende. Há materiais macios, couro sintético e poucos plásticos aparentes.
O ar-condicionado é digital com saída traseira, os bancos dianteiros são elétricos e há teto solar panorâmico. Mesmo sendo um projeto mais antigo, o SUV mantém um bom nível de requinte.
Tecnologia mais simples, mas suficiente
Claro, quem busca tecnologia de ponta talvez fique decepcionado. O Tucson não tem painel digital, nem espelhamento sem fio na central multimídia. O sistema usa botões físicos e uma tela de 9 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay apenas via cabo.
O volante traz comandos de mídia e piloto automático, mas não há controle de cruzeiro adaptativo. Em segurança, o modelo tem os principais itens: seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, alerta de ponto cego e tráfego cruzado traseiro.
Ou seja, o Tucson não é um SUV “inteligente”, mas é completo o suficiente para oferecer uma boa experiência de uso, especialmente para quem não faz questão das tecnologias mais modernas.
Conjunto mecânico confiável
O motor 1.6 turbo a gasolina rende 177 cavalos e 27 kgfm de torque. A transmissão é de dupla embreagem com sete marchas. Não é a mais atual da Hyundai, mas ainda entrega bom desempenho. Segundo a fabricante, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e atinge até 201 km/h.
O consumo também agrada: 10,6 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada, segundo o Inmetro. A suspensão independente nas quatro rodas e os freios a disco nas quatro extremidades garantem estabilidade e conforto ao dirigir.
Para quem prioriza mecânica confiável, o Tucson continua sendo uma opção segura. Mesmo com o peso de 1.624 kg, o desempenho está dentro do esperado para um SUV médio.
Vale a pena?
Essa é a pergunta que muitos se fazem ao entrar na concessionária e ver o Tucson ao lado do Creta. A resposta depende do perfil do comprador.
Se o desejo for por design moderno, painel todo digital e tecnologias como frenagem autônoma, o Creta pode parecer mais interessante. Mas quem valoriza espaço, conforto e uma mecânica já testada, pode encontrar no Tucson um custo-benefício raro em tempos de SUVs cada vez menores e mais caros.
O visual já não engana ninguém: o Tucson é um carro antigo. Mas ainda agrada. Com a grade cromada, faróis de LED e acabamento metálico nas maçanetas e frisos, ele passa longe de parecer um carro básico. É um veterano com dignidade.
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS