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Os caminhos a percorrer e as decisões a tomar de Rodrigo Pacheco para 2026

Eleito Deputado Federal em 2014 pelo MDB, Senador em 2018 pelo DEM, quando pretendia concorrer ao Governo de Minas, Rodrigo Pacheco foi eleito Presidente do Senado em 2021, ano que migrou para o PSD numa articulação que levou Antônio Anastasia para o Tribunal de Contas da União naquele mesmo ano. Cotado para concorrer a Presidência da República em 2022, preferiu não disputar para se dedicar a Presidência do Senado, a qual foi reeleito em 2023 permanecendo no cargo até 2025.

Cotado para assumir o Ministério da Justiça ou de Minas e Energia após deixar o Senado e ser o candidato de Lula ao Governo de Minas. Mesmo optando em permanecer no Senado, sem uma posição de destaque, Rodrigo Pacheco, continua sendo o favorito de Lula para a eleição estadual no segundo maior colégio eleitoral do país e que vem sendo o fiel da balança nas eleições presidenciais desde 1989.

Como jurista, não esconde a intenção de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal que abrirá a próxima vaga somente em 2028, caso nenhum Ministro deseje antecipar sua aposentadoria. A hipótese de tentar a reeleição é remota para não dize descartada, enquanto a decisão de concorrer ao Governo Estadual como pretendia em 2018, depende de alguns fatores estruturais e conjunturais.

Em 2018, quando trocou o MDB pelo DEM, assumiu a Presidência Estadual do partido e chegou a aprovar sua candidatura ao Governo com apoio do Progressistas que lançou Renzo Braz para o Senado e Ana Paula Junqueira como candidata a Vice Governadora. Com a decisão de Antônio Anastasia em concorrer ao Governo, retirou sua candidatura e concorreu ao Senado, terminando a disputa em primeiro lugar à frente do jornalista Carlos Viana, que ficou com a segunda vaga, do ex Presidente da ALMG, Dinis Pinheiro e da ex Presidente Dilma Roussef que terminaram aquela eleição em terceiro e quarto lugares, não sendo eleitos.

Para 2026, recebeu três convites para deixar o PSD que vem se aproximando do Governador paulista Tarcísio de Freitas, já considerado o nome da direita para Presidência da República em 2026. Como sua permanência no partido que tende a apoiar uma candidatura nacional contrária ao Presidente Lula e é cortejada pelo Vice Governador Mateus Simões que pode concorrer pela legenda,  o Rodrigo Pacheco estuda o convite de outros três partidos

O retorno ao MDB, esbarra no mesmo problema que o PSD, o apoio a eventual candidatura de Tarcísio de Freitas a Presidência da República. Ainda mais pelo fato do MDB está em conversa para a formação de uma federação com o Republicanos, partido de Tarcísio de Freitas e do Senador Cleitinho, que também é pré candidato ao Governo de Minas e acenou ao MDB, indicando que o mesmo pode vir a indicar o candidato a Vice Governador de sua chapa.

O União Brasil, que junto com o Progressistas formou a Federação União Progressista Brasileira, outra alternativa para Rodrigo Pacheco, esbarra no mesmo problema dos outros dois partidos. O não alinhamento nacional, que impediria uma aliança com o PT e outros partidos de esquerda no primeiro turno, como aconteceu nas eleições municipais de 2024 onde o PT lançou candidato próprio e apoiou a reeleição de Fuad Noman no segundo.

Entre todas as opções apresentadas, o PSB seria o mais vantajoso. É o partido do Vice Presidente Geraldo Alckimin, o que possibilitaria uma aliança já no primeiro turno, além de ser o único partido que pode oferecer a Rodrigo Pacheco o comando estadual da legenda e a liberdade de formar suas chapas proporcionais com seus aliados políticos.

Embora seja o candidato do Presidente Lula ao Governo de Minas, ainda não é o candidato do PT, que insiste em lançar um nome próprio ao mesmo tempo que os nomes com maior viabilidade eleitoral do partido, não tem interesse em concorrer ao cargo.

Diante deste cenário de incerteza, a possibilidade de Rodrigo Pacheco não concorrer ao Governo do Estado ou a qualquer outro cargo em 2026 vem ganhando força, cabendo ao PT indicar um nome para concorrer a Governo e servir de palanque para tentativa de reeleição do Presidente Lula, sob o risco de ficar fora do segundo turno das eleições estaduais como ocorreu em 2018, quando governava o Estado com Fernando Pimentel.

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