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Visando retornar ao protagonismo das décadas de 80 e 90, MDB pretende lançar candidato majoritário em 2026

Criado em 1966 com a instauração do bipartidarismo, o MDB era o partido da oposição ao regime militar (1964-1985) contrapondo o ARENA. Com o fim do bipartidarismo em 1979, surgiram do MDB surgiram o PMDB, o PT e o PDT, enquanto ao ARENA, surgiram o PDS e o PTB. Em 1986, primeira eleição pós redemocratização, o PMDB chegou ao seu auge elegendo 20 dos 21 Governadores, além das maiores bancadas da Câmara e do Senado. Em Minas Gerais, sua primeira grande vitória foi em 1974 com a eleição de Itamar Franco para o Senado. Em 1978, o partido vence novamente a eleição para o Senado com Tancredo Neves, que quatro anos mais tarde se elegeria Governador, na mesma eleição em que Itamar Franco se reelegeria para o Senado. Em 1986, encerrando a década de ouro do partido em Minas Gerais, com a eleição de Newton Cardoso para o Governo Estadual e dos Senadores Ronan Tito e Alfredo Campos.

Após ficar não eleger candidatos majoritários nas eleições de 1990 e 1994, o partido recuperou o protagonismo em Minas Gerais com a eleição de Itamar Franco para o Governo Estadual, tendo Newton Cardoso como Vice Governador e José Alencar para o Senado.

Em 2022, o partido elegeu Hélio Costa para o Senado, sendo a única eleição majoritária que o partido venceu na década. Nas eleições 2006, foi a primeira desde sua fundação como PMDB que o partido não lançou candidato ao Governo, apoiando a candidatura do petista Nilmário Miranda ao Governo, lançando Newton Cardoso ao Senado. Em 2010, o partido lançou a candidatura de Hélio Costa ao Governo, não obtendo êxito como em 2002.

Nas eleições de 2014, o partido lançou Antônio Andrade como candidato a Vice Governador na chapa de Fernando Pimentel que foram eleitos. Naquela mesma eleição, o partido lançou o nome do empresário Josué Alencar, que acabou sendo derrotado pelo ex Governador Antônio Anatasia. Em 2018, o partido pretendia lançar o então Presidente da ALMG, Adalclever Lopes como Vice Governador na chapa de Márcio Lacerda, que desistiu de disputar aquela eleição abrindo espaço para a candidatura do emedebista, que terminou aquela eleição em quarto lugar. Em 2022, o partido não lançou candidatos majoritários participando da chapa majoritária de Romeu Zema que foi reeleito para o Senado.

No ano em que completa 60 anos, o MDB busca recuperar o protagonismo perdido nas duas últimas décadas em Minas Gerais, com candidaturas ao Governo e/ou ao Senado. O principal nome do partido hoje, é do atual Presidente da ALMG, Tadeuzinho, cogitado para concorrer para ambos os cargos pelo partido, chegando a ser convidado pelo PSB para concorrer ao Governo, como também ser considerado o nome ideal para compor as chapas dos pré candidatos ao Governo, Mateus Simões (Novo), Rodrigo Pacheco (PSD) e Cleitinho (Republicanos). Caso se confirme a Federação entre MDB e Republicanos, ambos os partidos seriam considerados um só, o que levaria o MDB para a chapa de Cleitinho, que poderia indicar o candidato a vice ou um Senador e a depender do cenário até ambas as vagas, caso a “Federação” não venha a receber o apoio do PL, que pretende lançar pelo menos um nome ao Senado em todas as Unidades Federativas. Neste caso a chapa ficaria com Cleitinho concorrendo ao Governo, Tadeuzinho ou Newton Cardoso Júnior como Vice Governador e Senador, a outra vaga do Senado com Euclydes Pettersen, que teria como seu primeiro suplente, Gabriel Azevedo.

O projeto do MDB recuperar seu protagonismo na política mineira não será tarefa fácil, pois já existem pelo menos quatro pré candidatos ao Governo por outras legendas, além da eleição do Senado ter o mesmo viés de polarização da eleição presidencial. Isso sem contar com a eventual formação da Federação com o Republicanos, que reduziria também o número de candidatos a Deputados Estaduais e Federais.

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