No ofício enviado pelo presidente do NEC, Fernando César Peixoto Dias, o clube expressou insatisfação com decisão anterior da Liga, proferida em 3 de agosto, afirmando que o reinício da partida deveria ocorrer com a cobrança de falta em seu favor, na meia-lua da grande área, conforme entendimento do clube. Além disso, o Nacional solicitou providências quanto à atuação do quarteto de arbitragem, alegando erros graves durante a partida interrompida.
A resposta da presidência da Liga reforçou que agressões não se restringem a atos físicos, mas incluem gestos e condutas antidesportivas que podem gerar constrangimento moral e psicológico. O documento lembrou que qualquer denúncia contra a arbitragem deve ser analisada pelo Procurador de Justiça Desportiva e pela Comissão Disciplinar, garantindo o direito à ampla defesa.

No ponto central da disputa, o reinício do jogo, a Liga contestou a interpretação do Nacional. Citando integralmente o trecho da decisão, a presidência destacou que a partida deve ser retomada aos 20 minutos do segundo tempo, com os mesmos atletas em campo no momento da paralisação, sem menção à cobrança de falta. “Não encontrei qualquer manifestação oculta que sustentasse a cobrança de falta no reinício”, registrou o documento.
Já o time do Pinheiro, de Cristiano Otoni, em resposta às decisões da Liga, propôs somente que a partida fosse realizada no próximo dia 17 de agosto, mas a sugestão não foi acatada. A data da partida ainda está em aberto.
O episódio evidencia não apenas disputas sobre interpretação de regulamento, mas também a necessidade de clareza e consenso entre as partes para garantir a continuidade das competições de forma justa e segura. Enquanto o impasse persiste, torcedores e clubes acompanham atentamente os desdobramentos, cientes de que a decisão pode impactar o andamento da Taça Vertentes Metalúrgica.