O Banco Central (BC) anunciou que vai lançar, em setembro, o chamado Pix Parcelado, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos que permitirá aos consumidores parcelar transações, de forma semelhante ao cartão de crédito com juros. A medida pretende ampliar o uso do Pix no varejo e facilitar o acesso a compras de maior valor, especialmente para os cerca de 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito.
No Pix Parcelado, o comprador poderá realizar uma transação e pagar em parcelas mensais, acrescidas de juros. Já o vendedor receberá o valor integral de forma imediata. A funcionalidade poderá ser utilizada para qualquer tipo de transação via Pix, incluindo transferências entre pessoas físicas.
Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a regulamentação nacional vai padronizar o serviço, que já é oferecido por alguns bancos de forma isolada. “Será mais uma alternativa para que cidadão, comércio e varejo escolham a opção mais competitiva e interessante”, afirmou, durante evento da Associação Comercial de São Paulo.
Outros recursos a caminho
Para 2025, o Banco Central prepara o Pix em Garantia, que permitirá usar parcelas a receber como garantia em operações de crédito. A novidade promete ampliar as possibilidades de negociação para empreendedores e consumidores.
De acordo com pesquisa do Google divulgada em julho, 22% dos entrevistados já utilizaram o Pix parcelado em alguma forma oferecida por instituições financeiras, destacando a flexibilidade de não comprometer o limite do cartão de crédito.
Custos e manutenção
Galípolo destacou que as inovações aumentam os custos de manutenção do sistema. Atualmente, as despesas com tecnologia já representam quase 50% do orçamento do BC, ante menos de 30% antes da criação do Pix. O presidente defendeu a aprovação da PEC 65, que propõe autonomia orçamentária para a instituição.
FONTE: MIX CONTEÚDOS DIGITAIS