Na noite de domingo, 7 de setembro, a PM de Lafaiete registrou uma ocorrência que parecia saída de roteiro de filme policial. Duas mulheres, de 35 e 40 anos, deram entrada na UPA da cidade com ferimentos — uma com escoriações leves e a outra com um corte no queixo, provocado por arma branca. Aos policiais militares, a mulher de 40 anos relatou com riqueza de detalhes um suposto assalto: afirmou que um homem armado a teria abordado na porta de seu apartamento. Segundo a versão inicial, sua ex-companheira, de 35 anos, que estava com ela, tentou defendê-la, resultando em uma luta corporal com o criminoso, que teria fugido em seguida.
Imediatamente, viaturas foram mobilizadas, diligências realizadas e câmeras de segurança analisadas. No entanto, nenhuma pista do suposto assaltante foi encontrada. Horas depois, a farsa ruiu: a mesma autora voltou a ligar para a Polícia Militar, admitindo que havia mentido. A verdade veio à tona — o que realmente aconteceu foi uma briga entre as duas ex-companheiras, que terminou em agressões mútuas e nos ferimentos que as levaram à UPA.
As envolvidas confessaram o desentendimento e receberam voz de prisão pelos crimes de falsa comunicação de crime e lesão corporal. Elas foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil.
A Polícia Militar reforçou que falsas comunicações, além de configurarem crime previsto no Artigo 340 do Código Penal, desviam recursos e atenção de ocorrências reais, colocando em risco a segurança de toda a comunidade.