Professora Érica denuncia intolerância e vereador Pedrinho divulga nota de repúdio
As declarações do pastor Marcos Feliciano durante o evento Celebrai, em Conselheiro Lafaiete, seguem gerando forte reação na cidade. Após afirmar que não haveria mais espaço para entidades da umbanda e do candomblé, Feliciano provocou indignação de fiéis e lideranças religiosas, que classificaram suas palavras como ofensa direta às religiões afro e indígenas.
Reflexão firme da professora Érica
Uma das respostas mais contundentes veio da professora Érica, educadora e liderança religiosa, que destacou a gravidade do episódio. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela lembrou que o evento foi financiado com recursos públicos e, por isso, exige uma postura clara do poder municipal.
“Ele ofendeu, sim, as nossas tradições. A Prefeitura não pode se calar diante de uma violência que atinge a fé e a dignidade de tantos cidadãos. O silêncio oficial é cumplicidade”, afirmou.
Nota de repúdio do vereador Pedrinho
O vereador Pedrinho, articulador do Comitê de Diversidade Religiosa, também se posicionou por meio de uma nota de repúdio. No documento, ele reforça que o Brasil é um Estado laico e que nenhuma religião pode ser favorecida ou discriminada pelo poder público.
“Atitudes e discursos que desrespeitam a pluralidade religiosa atentam contra a dignidade humana, alimentam a divisão e ferem os princípios constitucionais”, afirma o texto. O parlamentar ainda destacou que práticas discriminatórias não podem ser toleradas em espaços financiados com dinheiro público.
Exigência de respeito e pluralidade
As manifestações se somam ao coro de vozes que exigem da Prefeitura de Lafaiete uma posição firme em defesa da pluralidade religiosa. Para Érica e Pedrinho, o caminho é o mesmo: garantir respeito, diálogo e convivência pacífica. “A fé deve ser sempre inclusão, nunca exclusão”, concluem.
