A deputada Lohanna (PV) e a vereadora Damires (PV/Conselheiro Lafaiete) protocolaram nesta terça-feira (16/09) uma denúncia no Ministério Público de Minas Gerais (MP) e uma manifestação de repúdio na Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contra o deputado federal Marco Feliciano (PL), por intolerância religiosa e racismo religioso.
A denúncia partiu após declarações feitas por Feliciano, que também é pastor, consideradas ofensivas durante o evento “Celebrai”, realizado no último sábado (13/9) em Conselheiro Lafaiete, custeado com recursos públicos. Em discurso, o deputado afirmou:“Não sobrará em Conselheiro Lafaiete Zé Pelintra, Zé Pilantra, Exu Caveira, Tranca Rua e Preto Velho. Nenhuma obra de feitiçaria vai governar mais essa terra, porque a presença do Deus eterno pode modificar os nossos corações”.
Para Lohanna, a fala é grave e criminosa reforçando estigmas contra tradições religiosas que fazem parte da história e da cultura brasileira. “Ele transformou o espaço da fé em um verdadeiro ringue, cometendo intolerância religiosa e racismo religioso. Feliciano comete crimes inclusive contra pessoas que ajudaram a custear o evento e que não professam a mesma religião que ele. O espaço da fé deve ser de amor e inclusão para todas as pessoas”, destacou a parlamentar.
A vereadora Damires reforçou a necessidade de ação imediata. “Nossa cidade não pode ser palco de discursos de ódio, não vamos aceitar esse contexto de intolerância e crime”, disse.
Mais reação
O Pastor e Deputado Federal (PSOL-RJ), Henrique Vieira, Líder da Frente Parlamentar do Estado Laico usou as redes sociais para atacar a fala de seu colega em Lafaiete. “Precisamos respeitar a diversisdade. Isso racismo religioso, discurso de ódio contrariam o Evangelho. Ele fez ofensas em um lugar público e financiando por dinheiro público. Precisamos de respeito e não de incitaçãon ao ódio. Este discurso alimenta aviolência contra uma religião já tão perseguida. Não podemos falar da nossa espiritualidade a atacar do nossos irmão”, cintou.
Ele disse que já oficializou a Prefeitura de Lafaiete, o Ministério dos Direitos Humanos, a Procuradoria Geral de Justiça e Mesa da Câmara dos Deputados pelos providência sobre os práticas ofensivas cometidas cometido pelo Deputado Marcos Feliciano.
Câmara
Em requerimento apresentado durante reunião legislativa nesta noite (16), pela Vereador Gina Costa (Podemos) pediu ao Executivo informações detalhadas sobre os custos e contratos firmados para a execução da festividade. No documento, a parlamentar solicita o envio de cópia integral dos contratos, incluindo o de sonorização, o de pagamento de pessoal envolvido na execução do evento e outros possíveis acordos referentes à estrutura e logística.
Além disso, requer que a Prefeitura informe o valor total gasto com recursos dos cofres públicos municipais, discriminando cada despesa realizada. Outro ponto destacado é a necessidade de esclarecer qual parte do custeio se deu por meio de emendas impositivas apresentadas por vereadores, com a indicação dos valores e das respectivas emendas utilizadas.